Publicado em: 14/05/2014 às 13:50hs
O valor faturado de US$ 5,26 bilhões é o mesmo contabilizado em igual momento de 2013. A diferença é que no ano passado foi a forte demanda pelo milho que elevou a receita a níveis inéditos para o acumulado dos primeiros quatro meses do ano. Neste ano, com perda do apetite externo pelo cereal, a soja segurou o saldo do período e impediu que o balanço de janeiro a abril fosse negativo. Assim como no Brasil, o complexo soja foi o destaque e o alicerce para mais uma receita positiva.
Conforme os dados divulgados ontem pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), dos mais de US$ 5,26 bilhões faturados com a pauta agropecuária do Estado, US$ 3,94 bilhões vieram apenas com negócios realizados com as exportações da soja. O complexo soja – grão, farelo e óleo – respondeu sozinho por quase 75% de tudo que foi faturado nos primeiros quatro meses deste ano. As vendas somaram no ano passado pouco mais de US$ 3,18 milhões e na variação anual mostram evolução de 24%. Somente a soja em grão foi responsável por injetar US$ 3,20 bilhões em divisas, dos mais US$ 3,94 bilhões que o complexo gerou.
Enquanto a soja cresceu, tanto em valor financeiro quanto em valor físico, passou de 5,85 milhões de toneladas para mais de 7,62 milhões de toneladas, o milho que foi a bola da vez no primeiro quadrimestre do ano passado exibe retração de quase 54% no faturamento. Conforme o Mapa, as exportações do cereal originadas do Estado passaram de US$ 1,24 bilhão para US$ 572,76 milhões. Em volume físico, eram 4,42 milhões de toneladas e até abril haviam sido embarcadas 2,89 milhões de toneladas.
Assim como no país, o complexo carnes – bovinos, aves e suínos – foi o segundo melhor em vendas da pauta, também puxado e sustentado por uma única commodity, os cortes bovinos. O segmento foi o que mais valorizou na relação cifras x volume físico. Em receita o complexo contabilizou US$ 557,21 milhões ante US$ 527,92 milhões e em quantidade, o quantum físico passou de 155,24 mil toneladas para 156,42 mil, evolução de 5,54% e 0,76%, respectivamente.
Os cortes bovinos somaram US$ 439,58 milhões ante US$ 353,76 milhões. Os cortes de aves e suínos recuaram 34,80% e 31,40%, respectivamente, ao passarem de US$ 160,67 milhões para US$ 104,75 milhões e US$ 3,28 milhões para atuais US$ 2,25 milhões.
Como era esperado por analistas do mercado de carnes, o efeito pós-confirmação de um caso atípico do mal da vaca louca no Estado, que teve como repercussão dois embargos às carnes originadas em Mato Grosso, deverá ser sentido a partir de maio. Egito e Peru suspenderam por 180 dias as importações mato-grossenses de carne bovina e seus derivados.
BRASIL - O complexo soja continua sendo o principal setor exportador em abril, com vendas externas de US$ 4,95 bilhões ou 9,7 milhões de toneladas embarcadas – altas respectivas de 9,4% e de 13,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O destaque ficou por conta da soja em grão,com receita de US$ 4,14 bilhões, que corresponde a um aumento de 8,9% sobre abril de 2013.
O setor de carnes foi o segundo em vendas no mês, com a cifra de US$ 1,41 bilhão e 541 mil toneladas comercializadas. Os produtos florestais foram o terceiro principal setor do agronegócio em abril, com vendas de US$ 828 milhões (alta de 2,2%) e 1,4 milhão de toneladas (+9,4%). Papel e celulose puxaram as exportações do setor, com o montante de US$ 608 milhões.
Fonte: Diário de Cuiabá
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