A receita mensal originada com os embarques aumentou 20,97% sobre igual intervalo do ano passado, teve o maior faturamento da série histórica para os meses de agosto no Estado, cresceu 22,43% sobre as cifras acumuladas de janeiro a agosto deste ano ante mesmo momento de 2012 e ainda supera, em apenas oito meses, todo o resultado consolidado no exercício 2011.

Até o mês passado, Mato Grosso somou negócios de US$ 11,47 bilhões ante US$ 11,09 bilhões do ano retrasado. O faturamento atual representa 82,75% do realizado em 2012, US$ 13,86 bilhões. Na comparação anual entre agosto/13 contra agosto/12, o faturamento foi de US$ 1,41 bilhão ante US$ 1,07 bilhão, sendo o agosto de 2013 o melhor para a série do mês. Os dados referentes às exportações estaduais foram divulgados ontem, pela Federação das Indústrias no Estado (Fiemt).

O desempenho da pauta estadual contribuiu ainda para a expansão da balança comercial – exportações menos as importações de um determinado período – que além de manter o Estado superavitário com resultado de US$ 10,19 bilhões, o saldo é 20,97% superior ao do acumulado de 2012, US$ 8,43 milhões. Há vários meses o superávit mato-grossense ocupa o segundo lugar do ranking nacional, atrás apenas de Minas Gerais, cujo saldo foi é de US$ 13,71 bilhões. A Balança nacional em menos US$ 3,76 bilhões está 128,65% aquém do desempenho registrado no ano passado para o mesmo período, o que indica que as importações, mesmo com a alta do dólar, seguem acima da receita obtida com as exportações.

No ranking dos maiores exportadores nacionais, Mato Grosso segue na 6º posição, permanecendo como o melhor representante do Centro-Oeste. Estão a frente do Estado, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná. No Centro-Oeste, a pauta estadual representa 57% de todos os embarques realizados na região nos últimos oito meses.

A Fiemt observa ainda, que considerando os últimos doze meses, ou seja, os resultados de setembro de 2012 a agosto deste ano, as exportações mato-grossenses somam US$ 15,96 bilhões, receita quase 20% superior do registrado no intervalo anterior. Na Balança, o saldo é de US$ 14 bilhões, 17,89% maior que o realizado nos doze meses anteriores.

Produtos – Soja em grão e o milho mantém a sustentação da performance positiva. Juntos, os grãos são responsáveis por 84,65% de toda receita arrecada de janeiro a agosto. A soja participa com 68,70% e o cereal com 15,95%. O milho registra neste ano a maior evolução da pauta e também sua maior participação.

Dos US$ 11,47 bilhões faturados neste ano, US$ 7,88 bilhões vieram das vendas do complexo soja, sendo US$ 6,06 bilhões somente do grão. A diferença de mais de US$ 1,8 bilhão é resultado dos embarques de farelo, óleo, concentrado de proteínas, lecitina, glicerina, farinhas e pellets. O complexo em geral registrou aumento de 11,24% em dólar e de 5,49% em volume físico.

O milho, segundo produto de maior peso na pauta local, fechou o acumulado até agosto com faturamento de US$ 1,83 bilhão, 145% acima do registrado em igual momento de 2012. O volume embarcado foi 139,43% superior ao mesmo período.

O complexo carnes faturou US$ 1,03 bilhão, cifras 24,28% maiores que em 2012 e alta de 26% no volume exportado. Os cortes bovinos e de aves seguem garantindo a evolução do complexo, com receitas de US$ 694,51 milhões e US$ 301,31 milhões respectivamente. As cifras superaram em 22,63% e 30%, o resultado observado até agosto do ano passado.

Outros importantes produtos como o algodão e a madeira tiveram resultados negativos na comparação anual. As receitas encolheram 19,83% e 0,45%, respectivamente.

Destinos – A Ásia repete mais uma vez a sua importância para o comércio internacional do Estado. O continente sozinho foi responsável por 61,43% de todos os negócios realizados neste ano e que geraram US$ 7,05 bilhões do total de US$ 11,47 bilhões contabilizados pela pauta local. As cifras mostram um incremento de 25% sobre o mesmo período de 2012. Desses US$ 7,05 bilhões, US$ 4,60 bilhões foram negociados diretamente com os chineses e que por sua vez respondem por 40% do total. A China ampliou as compras em quase 20% até agosto, comparando com mesmo acumulado do ano anterior.

O segundo principal mercado é a União Europeia, cuja participação no resultado global do Estado é de 10%. De janeiro a agosto este Bloco comercializou US$ 1,15 bilhão, cifras que apontam queda anual de 8,06%.