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Dólar Inicia Quarta-feira em Queda e se Aproxima de R$ 5,60; Ibovespa Tem Alta Modesta

Dados de emprego e indicadores econômicos dos EUA e China impactam mercados financeiros nesta quarta-feira


Publicado em: 30/04/2025 às 10:10hs

Dólar Inicia Quarta-feira em Queda e se Aproxima de R$ 5,60; Ibovespa Tem Alta Modesta
Dólar opera em queda e se aproxima dos R$ 5,60

O dólar abriu em queda nesta quarta-feira (30), aproximando-se da marca de R$ 5,60. No dia anterior, a moeda norte-americana registrou a oitava desvalorização consecutiva, fechando cotada a R$ 5,6305. Esse foi o menor valor desde o movimento de alta observado após a implementação de tarifas por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Dados econômicos no Brasil

Entre os principais eventos econômicos desta quarta-feira estão a divulgação de dois importantes indicadores de emprego. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a taxa de desemprego no país ficou em 7% no primeiro trimestre de 2025. Embora tenha registrado um aumento de 0,8 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (6,2%), a taxa ainda representa uma queda de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024, quando era de 7,9%. Este valor representa a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em março, desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.

Mais tarde, será a vez da divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que acompanham o desempenho do mercado de trabalho formal no Brasil.

Mercados nos EUA: Expectativa de impactos econômicos

Nos Estados Unidos, uma série de dados importantes será divulgada ao longo do dia, incluindo o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, além de indicadores de inflação e emprego. Investidores aguardam os primeiros reflexos da política tarifária de Trump, que, no mês passado, já causou uma queda significativa na confiança empresarial e do consumidor.

Dólar: Cotação às 9h

Às 9h, o dólar operava com uma queda de 0,25%, sendo cotado a R$ 5,6162. No dia anterior, a moeda fechou com um recuo de 0,31%, a R$ 5,6305. O desempenho da moeda norte-americana acumulou uma queda de 0,99% na semana, 1,32% no mês e 8,89% no ano.

Ibovespa: Tendência de alta moderada

O Ibovespa, índice da bolsa brasileira, iniciou suas negociações às 10h. Na véspera, o índice registrou um leve avanço de 0,06%, encerrando o pregão aos 135.093 pontos. Com isso, o índice acumula uma alta de 0,26% na semana, 3,71% no mês e um significativo ganho de 12,31% no ano.

Movimentações nos mercados internacionais

Nos Estados Unidos, os índices futuros de ações estavam praticamente estáveis pela manhã, enquanto os investidores aguardavam os dados econômicos e os resultados das empresas. Entre os indicadores de destaque estão os dados do PIB americano, a variação do índice de preços PCE (medido pela inflação preferida pelo Federal Reserve) e as estatísticas de emprego da ADP.

A expectativa é que a economia dos EUA tenha registrado um crescimento modesto ou até uma possível contração no trimestre, em virtude das tarifas impostas por Trump. Dados divulgados na terça-feira também apontaram um recorde histórico no déficit comercial de bens em março, com empresários antecipando importações.

China: Impactos da guerra comercial com os EUA

Na China, o presidente Xi Jinping ressaltou a necessidade de ajustes diante das mudanças no ambiente internacional, enquanto o país se prepara para os próximos planos econômicos quinquenais. A meta de crescimento de "cerca de 5%" para 2025 foi estabelecida, embora analistas indiquem que alcançar esse objetivo se torne cada vez mais difícil devido à desaceleração econômica global exacerbada pelas tarifas impostas pelos EUA.

Nesta quarta-feira, os índices de ações da China apresentaram quedas, refletindo a redução nas exportações devido às tarifas agressivas dos Estados Unidos. O índice CSI300 recuou 0,12%, e o índice SSEC, da Bolsa de Xangai, caiu 0,23%.

Projeções sobre a economia chinesa

O setor industrial da China registrou a menor taxa de crescimento em 16 meses, em abril, como reflexo direto da guerra comercial com os EUA. Investidores esperam que, diante deste cenário, o governo chinês adote medidas mais enérgicas para estimular a economia. De acordo com Lu Ting, economista-chefe do Nomura para a China, as tarifas podem reduzir o PIB chinês em até 2,2%, se a situação persistir.

Fonte: Portal do Agronegócio

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