Publicado em: 13/05/2025 às 10:34hs
O dólar iniciou a terça-feira (13) com leve queda, refletindo as recentes divulgações sobre a política monetária brasileira e os desdobramentos do acordo entre Estados Unidos e China sobre as tarifas comerciais. A valorização da moeda americana observada na véspera também exerceu influência sobre o mercado financeiro, que segue atento aos impactos desses eventos.
Na manhã de hoje, os investidores reagiram à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que foi divulgada nesta terça-feira. No comunicado, o Copom avaliou que o aumento da taxa de juros, implementado nos últimos meses para conter a inflação no Brasil, já tem apresentado resultados e continuará contribuindo para uma moderação no crescimento econômico.
O Banco Central ressaltou que, como parte da estratégia de controle da inflação, o país deve observar uma desaceleração econômica, o que é visto como um "elemento necessário" para que a inflação converja para a meta estabelecida. A alta da taxa Selic, que chegou a 14,75% ao ano, é a sexta consecutiva, alcançando o maior nível em quase duas décadas.
Outro fator que segue em destaque no radar dos investidores é a recente trégua nas tarifas entre os Estados Unidos e a China. No último fim de semana, ambos os países chegaram a um acordo para reduzir significativamente as taxas sobre produtos de importação, durante um período de 90 dias. As tarifas impostas pelos EUA sobre produtos chineses, que eram de 145%, cairão para 30%. Da mesma forma, as tarifas chinesas sobre produtos norte-americanos serão reduzidas de 125% para 10%.
Esse acordo teve um impacto positivo nos mercados, com o dólar ganhando força em relação a outras moedas e as bolsas de valores dos EUA e China registrando altas. A redução das tarifas, que visa diminuir a pressão sobre os preços e evitar uma recessão global, foi vista como um alívio para o mercado financeiro.
Às 9h02, o dólar apresentava queda de 0,29%, sendo cotado a R$ 5,6682. Na véspera, a moeda norte-americana havia fechado em alta de 0,53%, cotada a R$ 5,6849. No acumulado, a moeda americana apresentou um aumento de 0,53% na semana e uma leve alta de 0,14% no mês, mas uma perda de 8,01% no ano.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores brasileira, iniciou o dia com uma leve alta e renovou o maior patamar desde agosto. Na segunda-feira (12), o índice fechou em 136.563 pontos, com uma valorização de 0,04%. No acumulado, o índice tem um crescimento de 1,11% no mês e uma valorização de 13,53% no ano.
O acordo comercial entre EUA e China, que reduziu as tarifas entre as duas maiores economias globais, foi recebido positivamente pelos investidores. O temor de que o aumento das tarifas pudesse afetar a inflação e o consumo global foi diminuído, criando um cenário de maior otimismo nos mercados.
Além disso, o mercado também reagiu positivamente ao recente acordo entre os EUA e o Reino Unido sobre as tarifas, que envolveu uma redução significativa nas taxas de importação entre os dois países. A expectativa é que outros países também busquem acordos semelhantes com os EUA, o que pode aliviar ainda mais as tensões comerciais globais.
No cenário internacional, o cessar-fogo declarado entre Índia e Paquistão foi uma boa notícia para os investidores que monitoram a estabilidade no sul da Ásia. A medida, que veio após um aumento recente nas tensões militares entre os dois países, ajudou a reduzir os riscos geopolíticos e foi vista como um alívio nos mercados.
O mercado financeiro segue atento a uma série de fatores internacionais e locais que podem impactar os preços das moedas e das ações nas próximas semanas. A repercussão dos ajustes na política monetária do Banco Central e a trégua nas tarifas entre os EUA e a China continuam sendo os principais destaques da semana.
Fonte: Portal do Agronegócio
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