A demanda externa cai para vários produtos, e os preços iniciam o ano com fortes retrações. Em alguns casos, como o do milho e o do café, os preços atuais perderam perto de um terço do valor em relação aos de há um ano.

O problema é que todos os itens que realmente pesam na composição final da balança comercial do agronegócio têm queda de preços.

A liderança no recuo fica com o milho, cujo preço sofre o efeito do retorno dos EUA ao mercado. O preço caiu 31% e o volume exportado neste mês é 56% inferior ao de igual período de 2013.

O café é outro produto na lista das maiores quedas, com recuo de 30%. A partir deste mês, o produto começa a recuperar preços devido à quebra de safra no Brasil.

A soja, líder em receitas, também cai, mas em ritmo menor: 8%. A queda nos preços indica que, mesmo com o volume recorde a ser exportado, as receitas não deverão aumentar muito neste ano.

Outro produto de peso na balança comercial, cujos preços têm forte queda, é o açúcar. O patamar de negociação deste ano é 19% inferior ao de fevereiro de 2013.

Mas os preços do produto também têm reagido nas últimas semanas, devido ao efeito da seca sobre as lavouras.

As carnes são outro setor com queda de preços. O principal recuo ocorre com o frango, o produto que traz o maior volume de receitas ao país entre as carnes. Parte dessa queda de preços deverá ser compensada pelo aumento do volume exportado.