Publicado em: 10/06/2024 às 12:30hs
Nos primeiros três meses deste ano, o agronegócio continuou a impulsionar a economia brasileira. O setor cresceu 11,3% em comparação com o trimestre anterior, superando a previsão de analistas, que esperavam um aumento de 8,8%, conforme levantamento do Valor. No entanto, em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um recuo de 3%. O Produto Interno Bruto (PIB) geral do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 0,8% no primeiro trimestre.
Apesar do crescimento trimestral, o setor agropecuário enfrentou desafios significativos devido ao clima adverso. Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, as lavouras de soja e milho, principais culturas agrícolas do Brasil, foram severamente afetadas. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio do IBGE prevê uma queda de 2,4% na produção de soja e de 11,7% na de milho para este ano.
Embora a pecuária tenha registrado crescimento no primeiro trimestre, sua contribuição limitada, representando apenas 20% do setor agropecuário, restringiu seu impacto no desempenho geral do agro. A agricultura, responsável por 70% do desempenho do setor, juntamente com a produção florestal e a pesca, completam a composição do setor.
O impacto das chuvas no Rio Grande do Sul, que afetaram mais de 200 mil propriedades rurais entre abril e maio, ainda não foi refletido nos dados do PIB do primeiro trimestre. As inundações ocorreram durante a fase final da colheita de soja, limitando os danos. No entanto, o estado perdeu cerca de 2,7 milhões de toneladas de soja, conforme estimativa da Emater/RS-Ascar. Os efeitos completos dessas chuvas serão observados nos dados do segundo trimestre.
Apesar dos desafios climáticos, o desempenho do agronegócio no primeiro trimestre de 2024 mostrou resiliência e uma capacidade de recuperação superior às expectativas iniciais. O setor continua sendo um pilar crucial da economia brasileira, demonstrando a importância de políticas e investimentos que mitigam os riscos climáticos e apoiam o crescimento sustentável.
Fonte: Portal do Agronegócio
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