O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e o Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad) reuniu profissionais da imprensa no último dia 14 de junho, em Sinop com o objetivo de levar informações que embasem os jornalistas acerca do atual panorama do segmento florestal.

Na ocasião, foram apresentados os dados econômicos do setor e a legislação rigorosa vigente enfrentada para conseguir realizar o Manejo Florestal Sustentável. O presidente do Cipem, João Carlos Baldasso, apresentou os números econômicos do segmento. Ele esclareceu que a base florestal tem perdido em competitividade em nível nacional e internacional.

Baldasso também reforçou que o histórico de problemas da falta de vias para escoamento da produção estadual tem impedido o desenvolvimento e que não existe atividade sem viabilidade econômica.“É urgente a melhoria de infraestrutura em Mato Grosso, onde a produção é onerada ainda mais com as altas taxas cobradas pelo governo, reduzindo a competitividade dos nossos produtos”, concluiu o presidente.

O presidente eleito do Sindusmad, Gleisson Tagliari, realizou a abertura do evento e destacou a importância do encontro para que os profissionais da imprensa possam ter subsídio para divulgar as ações e informações sobre o setor de base florestal. Já o presidente do Sindusmad, José Eduardo Pinto, falou sobre Carga Tributária e lembrou que, além de o setor enfrentar uma dura legislação, ainda sofre com a burocracia que engessa o processo da atividade em Mato Grosso, tirando a competitividade com os demais estados do país.

O senador Pedro Taques (PDT), participou do encontro e reforçou que não se pode falar sobre algo que não conhece, não sabe a sua história, como é o caso do setor florestal, que há muito tempo sofre pela desinformação da população sobre sua atividade econômica. “Eventos como esse são importantes para superarmos preconceitos, em todos os setores existem os bons e maus profissionais. O setor de base florestal é importante no desenvolvimento econômico do estado de Mato Grosso, além de trabalhar com uma grande burocracia, inúmeras publicações e portarias da Sefaz - que gera insegurança jurídica - e uma carga tributária que dificulta o negócio florestal”.

O pedetista chamou atenção para o excesso de burocracia. “A burocracia não pode ser usada para vender dificuldade e comprar facilidade. É por isso que precisamos pensar em gestão pública. O Estado serve para resolver os problemas de logística e dar todas as condições para o empreendedor desenvolver a sua atividade econômica” pontuou. O evento também contou com a participação dos deputados estaduais Dilmar Dal Bosco (DEM) e Zeca Viana (PDT).