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BRF busca novas maneiras de repassar custos de grãos

Os custos dos grãos que aumentaram mais do que o esperado no primeiro trimestre do ano forçaram a BRF a buscar novas maneiras de repassá-los, a fim de impulsionar o lucro nos próximos trimestres, informaram executivos da empresa nesta quarta-feira (30) em uma teleconferência com analistas


Publicado em: 02/05/2014 às 11:40hs

BRF busca novas maneiras de repassar custos de grãos

O diretor financeiro da companhia, Augusto Ribeiro, disse que 2014 poderá ser um ano com uma maior pressão sobre os preços, o que impactaria no consumo doméstico. A BRF espera uma nova rodada de aumentos de preços dos grãos brasileiros no segundo semestre deste ano.

Os aumentos nos preços dos grãos ultrapassaram as expectativas da empresa até o momento em 2014, limitando sua capacidade de aumentar os preços de venda para cobrir os custos, disse Ribeiro. O forte desempenho de vendas no mercado interno ainda é possível, segundo ele, devido aos esforços em curso para a empresa se concentrar mais em produtos de valor agregado.

A BRF registrou um lucro líquido de R$ 315 milhões para o primeiro trimestre deste ano, uma queda de 12% em relação ao mesmo período em 2013, em parte devido às despesas operacionais não recorrentes de seu plano de reestruturação internacional, destinado a simplificar as operações internas e reorganizar sua estrutura internacional.

As mudanças internas na BRF, em curso desde setembro do ano passado, devem começar a mostrar resultados positivos no próximo semestre, segundo Claudio Galeazzi, presidente executivo da empresa. Ele notou o fechamento de algumas escritórios regionais e 300 postos de trabalho cortados de operações, bem como o potencial para considerar mais destas mudanças no lado industrial.

A BRF também anunciou na quarta-feira que terminou sua joint venture com a distribuidora chinesa Dah Chong Hong Limited, uma parceria desde fevereiro de 2012. O acordo incluiu o pagamento de US$ 460 mil para acabar com a JV. A BRF e a DCH vão permanecer parceiras comerciais não exclusivas com foco nos mercados de Hong Kong e Macau.

Durante a JV, a BRF foi responsável pela produção, apoio técnico e comercialização dos seus produtos Sadia na China, enquanto a DCH tratou da cadeia de suprimentos e distribuição, embalagem e suporte local na Ásia.

Fonte: Carnetec

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