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BNDES afirma que desembolsos vão fechar 2013 em R$ 190 bi

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 190 bilhões em empréstimos em 2013, um crescimento de 22% em relação a 2012. Os dados preliminares do desempenho do banco deste ano foram divulgados ontem


Publicado em: 19/12/2013 às 17:00hs

BNDES afirma que desembolsos vão fechar 2013 em R$ 190 bi

As aprovações somaram R$ 223,441 bilhões, uma queda de 14% em relação a 2012. Já os enquadramentos alcançaram R$ 263,614 bilhões, redução de 11% ante o ano passado. As consultas totalizaram R$ 279,825 bilhões em 2013, recuo de 10% na comparação com 2012.

Segundo os dados preliminares, o banco de fomento desembolsou R$ 57,188 bilhões para a indústria em 2013, alta de 20% ante 2012, Já o setor de infraestrutura recebeu R$ 63,118 bilhões, 19% a mais. As empresas do comércio e serviços obtiveram R$ 40,630 bilhões em desembolsos, crescimento de 23% ante o ano passado. Por fim, a agropecuária recebeu R$ 18,073 bilhões, 59% a mais que no ano passado.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse que espera um crescimento na atividade econômica do País no quarto trimestre de 2013. No terceiro trimestre o PIB brasileiro recuou 0,5%, em comparação ao resultado do trimestre imediatamente anterior.

"Nossa expectativa é de crescimento no trimestre, recuperando e ajudando a fechar o ano com bom resultado, e nos preparando para 2014", afirmou Coutinho, durante a divulgação dos resultados preliminares do desempenho do banco em 2013.

Coutinho ressaltou que o cenário externo está mais favorável às exportações brasileiras, assim como as novas condições de câmbio O presidente do banco mencionou ainda o sucesso dos leilões de concessões, que favorecem novos investimentos. "Quero sublinhar o sucesso dos leilões de concessões. Os leilões já totalizam investimentos adicionais nesse ano em um total de cerca de R$ 31 bilhões. Sem falar em Libra, que terá impacto de uma década inteira", ressaltou ele.

Na avaliação de Coutinho, a indústria de transformação teve o desempenho afetado em 2011 e 2012 tanto pela crise europeia quanto pelo processo de ajuste de estoques. "Você formou estoques industriais, e a produção industrial, para digerir o estoque, andou muito devagar. Quando o processo se completou, a indústria voltou a crescer, mas de forma oscilante. Mas, embora oscilante, há tendência de melhora."

O presidente do banco de fomento apontou que houve recuperação do consumo aparente de bens de capital no País. "O setor de bens de capital tem se revelado um dos principais puxadores do crescimento industrial. O que é fato positivo, é crescimento muito mais puxado pelo investimento que pelo consumo", lembrou.

Segundo Coutinho, apesar da esperada redução na atuação do banco de fomento em 2014, o País produzirá resultados satisfatórios que ajudarão a manter o rating no grau de investimento. "A combinação de medidas que suportam o investimento produzirá resultados plenamente satisfatórios para manter o grau de investimento", afirmou o presidente do banco de fomento.

Fonte: Agência Estado

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