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BC: Tombini vê inflação em queda com manutenção dos juros atuais

O Banco Central está mais preocupado com a recuperação da economia mundial e mais otimista em relação à inflação no Brasil


Publicado em: 03/07/2014 às 10:20hs

BC: Tombini vê inflação em queda com manutenção dos juros atuais

Essas foram as principais mensagens passadas pelo presidente da instituição, Alexandre Tombini, em entrevista ao órgão de comunicação interna da instituição "Conexão Real".

Inflação - Em relação à inflação, uma das principais afirmações de Tombini foi a de que, mantidas as condições monetárias, "a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta [de 4,5%] ao longo do horizonte relevante para a política monetária", ou seja, no período que vai até junho de 2016. A frase resume as projeções apresentadas pela instituição no seu Relatório de Inflação publicado na última quinta-feira (26/06).

Juros - Segundo o relatório, mantida a taxa básica nos atuais 11% ao ano, o IPCA (índice oficial de preços ao consumidor) deve chegar ao pico de 6,6% em setembro deste ano e continuar próximo de 6% até setembro de 2015. A partir daí, iniciaria uma trajetória de queda para 5,1% em junho de 2016.

Possibilidade descartada - Com base no relatório, vários economistas disseram que caiu a possibilidade de novo aumento dos juros este ano. Também passaram a avaliar que surgiu a possibilidade de o BC promover cortes de juros após as eleições, embora o entendimento predominante seja o de que essa hipótese ainda é remota.

Alimentos - O presidente do BC disse ainda que o choque de preços de alimentos está "se dissipando e revertendo", com redução de preços no atacado "que começa a se traduzir em beneficio para o consumidor". Tombini, que participou neste fim de semana de reunião do BIS (Banco de Compensações Internacionais), em Basileia (Suíça), afirmou que a principal mudança no cenário internacional é a recuperação "um pouco mais lenta do que se antecipava há pouco tempo". Ele afirmou, entretanto, que não se trata de uma reversão semelhante à da crise na Europa de 2011. Naquela época, o BC brasileiro interrompeu um ciclo de alta de juros e começou a cortar a taxa básica (Selic), usando como principal argumento o cenário externo.

Fonte: Gazeta do Povo

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