Publicado em: 30/04/2015 às 16:50hs
O desemprego subiu pelo terceiro mês seguido e atingiu os 6,2%. É a maior taxa desde de maio de 2011. Há um ano a taxa estava em 5%. Ao todo, 1,5 milhão de brasileiros estão sem emprego.
A renda média do trabalhador também caiu 2,8% em relação a fevereiro para R$ 2.134 mil. É a maior queda desde janeiro de 2003.
A economia desacelerou, atingiu o mercado de trabalho e o Banco Central anuncia nesta quarta (29) a nova taxa de juros da economia. Vem uma nova alta de juros, já está sentindo. O BC vai mesmo subir os juros, em talvez mais meio ponto percentual e vai para 13,25%.
É um momento ruim, porque o consumidor está sentindo já com o aumento do desemprego e queda da renda. O desemprego subiu de 4,3% em dezembro para 6,2%. É um aumento muito forte em um prazo muito curto. No Nordeste, os números são piores. O desemprego chegou a 8% no Recife e a 12% em Salvador.
A renda caiu tanto em capacidade de compra do salário como em valor. E a renda diminuiu por dois motivos: inflação alta, que come salário, e ambiente recessivo.
O remédio do BC é para evitar alta de preços, mas, ao mesmo tempo, piora o nível de atividade na economia. Então esse é o dilema. Ele tem dois problemas, vai tomar o remédio para um e piora o outro.
Daqui para a frente, o que vai acontecer com a inflação, já que estão usando esse remédio? A boa notícia é que a taxa mensal de alta de preços deve diminuir daqui para a frente, apesar de o acumulado em 12 meses continuar aumentando.
O professor Luis Roberto Cunha acha que sai de 8,1% nesse acumulado de 12 meses até 8,5% em agosto. Ou seja, vai continuar subindo o acumulado, mas ele disse também que agora os números mensais vão ficar menores do que no primeiro trimestre. Então você vai sentir uma folga naquele mês. No primeiro trimestre ficou acima de 1% todo mês, agora vai ficar menor.
Na energia o pior passou, que foi a alta de mais de 40% neste começo de ano. Nos alimentos começa agora um período de menor reajuste. Alguns alimentos vão ter preços menores, como feijão e milho, mas outros continuam com preços elevados, como a carne. Já o frango pode ficar mais barato por causa do milho. Tem que ficar de olho no mercado.
Para assistir ao comentário feito na edição de hoje (29) do jornal Bom Dia Brasil, clique aqui.
Fonte: Bom Dia Brasil
◄ Leia outras notícias