Publicado em: 11/12/2025 às 19:40hs
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 5,8 bilhões em novembro de 2025, em linha com a projeção do RaboResearch (Rabobank). O resultado ficou ligeiramente acima da estimativa de mercado, de US$ 5,6 bilhões, mas abaixo do superávit de US$ 6,6 bilhões observado em outubro.
As exportações totalizaram US$ 28,5 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 22,7 bilhões. No acumulado de 12 meses, o país mantém um saldo positivo de US$ 62,5 bilhões, o que reflete a resiliência das vendas externas, mesmo com o cenário global de desaceleração econômica.
De acordo com o relatório, as exportações foram impulsionadas pelo desempenho da soja e do minério de ferro, dois produtos que seguem com forte demanda internacional.
Esses aumentos compensaram a queda nas vendas de petróleo bruto (-21,3%), que puxaram o desempenho negativo do setor de energia. A China permanece como o principal destino das exportações brasileiras, respondendo por mais de 30% do total vendido ao exterior.
As importações subiram 7,4% em relação ao mesmo mês de 2024, puxadas por produtos ligados à indústria e à energia. O relatório destaca altas expressivas em:
Por outro lado, houve queda na compra de adubos e fertilizantes químicos (-10,3%), reflexo do menor volume de produção agrícola no período pós-safra.
As principais origens das importações continuam sendo China (+3,1%), Estados Unidos (+23,8%) e Europa (+17,0%).
Embora o superávit siga robusto, o Rabobank observa uma desaceleração gradual nas importações, coerente com a perda de ritmo da economia doméstica. A combinação de juros altos e consumo mais contido deve continuar limitando a demanda por bens importados no curto prazo.
Por outro lado, o relatório aponta que avanços nas negociações bilaterais com os Estados Unidos têm reduzido a incerteza sobre tarifas comerciais, o que pode contribuir para estabilizar as exportações brasileiras em 2026.
Fonte: Portal do Agronegócio
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