Publicado em: 16/07/2013 às 10:40hs
A balança comercial brasileira registrou déficit de 619 milhões de dólares na segunda semana de julho, informou nesta segunda-feira o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Entre os dias 8 e 14 deste mês, as exportações somaram 4,240 bilhões de dólares e as importações, 4,859 bilhões de dólares.
As exportações recuaram 11,6 por cento na segunda semana em comparação à primeira semana deste mês pela média diária das operações devido ao recuo nos embarques das três categorias de produtos (básicos, manufaturados e semimanufaturados).
Já na comparação do acumulado das duas primeiras semanas de julho com igual período do ano passado, as exportações caíram 5,4 por cento, também pela média diária, devido a menores vendas no exterior de semimanufaturados de ferro e aço, ouro, açúcar, milho, petróleo, café e farelo de soja.
As importações apresentaram alta de 5,7 por cento pela média diária das operações na segunda semana do mês em comparação à primeira semana devido a maiores compras no exterior de combustíveis, automóveis, adubos e cereais
Com esses resultados, o saldo da balança comercial em julho está negativo em 421 milhões dólares, com exportações somando 9,034 bilhões de dólares e as importações, 9,455 bilhões de dólares. O saldo comercial está negativo em 3,513 bilhões de dólares no ano.
A balança comercial vem sendo duramente atingida pela crise internacional, que reduz o comércio mundial, e também pelo registro em 2013 de gasolina importada pela Petrobras em 2012, fato que elevou expressivamente o volume das compras brasileiras no exterior nos primeiros meses do ano agravando o déficit comercial do país.
Também pesou negativamente as menores exportações de petróleo e derivados devido a paradas técnicas na produção da Petrobras e por conta do maior consumo interno de combustíveis.
O elevado déficit na balança comercial é o principal fator de deterioração na conta transações corrente do país que, em maio, teve déficit de 6,420 bilhões de dólares. Esse desempenho ruim levou o Banco Central a piorar para 75 bilhões de dólares a previsão de rombo nas contas externas do país neste ano ante a estimativa anterior de 67 bilhões de dólares.
Fonte: Reuters
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