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Arrecadação bate recorde em janeiro e chega a R$ 123 bilhões

O governo federal arrecadou R$ 123,66 bilhões em impostos e contribuições no mês passado, alta de 0,91% na comparação com janeiro de 2013, já descontada a inflação


Publicado em: 26/02/2014 às 10:40hs

Arrecadação bate recorde em janeiro e chega a R$ 123 bilhões

O valor foi recorde histórico para todos os meses, segundo dados divulgados ontem pelo fisco. O secretário adjunto da Receita Federal, Luiz Fernando Teixeira Nunes, considerou que houve uma melhoria no ambiente de negócios, com maior geração de emprego e renda em janeiro.

Na avaliação da Receita, além do aumento de 2,87% nas vendas de bens e serviços em janeiro, contribuíram para o resultado da arrecadação a elevação de 10,4% na massa salarial e de 8,3% no valor em dólar das importações. O secretário afirmou que, apesar do recolhimento recorde do mês passado, a expectativa para este ano é de crescimento gradual da arrecadação. A projeção é de alta nominal de até 8,5% e real (acima da inflação) entre 3% e 3,5%.

Conforme o Fisco, o valor arrecadado com o programa de parcelamento de dívidas, o Refis, influenciou a arrecadação em janeiro com recolhimento de R$ 398 milhões no mês. No ano passado, entre outubro e dezembro, a Receita recolheu R$ 21,78 bilhões com o Refis, o que ajudou a fechar as contas de 2013. A estimativa da Receita é que esse valor fique entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões no fechamento do ano.

Já o valor recolhido de Imposto de Renda de pessoas jurídicas somou R$ 22,28 bilhões, queda real de 6,82% na comparação com janeiro de 2013. Mas o secretário frisou que a avaliação só pode ser realizada ao final do primeiro trimestre do ano:

- Nossa percepção é que a arrecadação desse tributo terá aumento real na comparação com igual período de 2013.

A dívida pública federal recuou 3,6% em janeiro e fechou o primeiro mês do ano em R$ 2,046 trilhões. Segundo o Tesouro Nacional, houve resgate líquido recorde de títulos no valor de R$ 99,28 bilhões e transferência de R$ 830 milhões em papéis que estavam em poder do mercado para o Banco Central. Somadas, essas duas operações teriam reduzido o estoque de janeiro em R$ 100,1 bilhões. No entanto, ele só caiu R$ 76,51 bilhões, pois sofreu impacto de R$ 23,6 bilhões de juros que corrigem o endividamento.

FATIA DE ESTRANGEIROS VAI A 17,2%

O coordenador geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, explicou que o resgate líquido recorde não significa que o Tesouro teve problemas para emitir papéis em janeiro. Ele admitiu que o mês teve turbulências no mercado internacional, mas destacou que o Tesouro conseguiu realizar os quatro leilões de títulos previstos. Só no último as taxas cobradas pelos investidores não foram aceitas, por estarem muito elevadas. Garrido destacou que a participação dos investidores estrangeiros na dívida aumentou em relação a dezembro e bateu recorde, chegando a 17,2% (R$ 335,37 bilhões):

- O que a gente observa é que, apesar de eventuais notícias de fluxo de estrangeiros saindo dos emergentes, a participação desses investidores na dívida brasileira foi recorde em janeiro.

Fonte: O Globo

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