Publicado em: 17/07/2014 às 19:20hs
Se a nova correção se confirmar ao logo dos meses, o faturamento gerado nos campos e pastos mato-grossense será 4,90% superior ao VBP consolidado no ano passado, R$ 53,86 bilhões. A agricultura é a responsável pela revisão altista da estimativa.
Mesmo revisando para baixo o potencial saldo do agronegócio estadual, a projeção de julho aponta para um novo recorde dentro da série histórica de Mato Grosso, para o VBP, desde 2005. A receita além de recorde, segue expandindo anualmente acima do verificado no país. O VBP pode chegar, no país, a R$ 447,66 bilhões – em junho era R$ 448,9 bilhões - em 2014, representando um aumento de 2,8% se comparado ao do ano passado.
O VBP é calculado a partir dos dados da safra do ano e dos preços recebidos pelos produtores. Resulta do volume produzido multiplicado pelo valor médio do mercado no período em que a análise é feita. Os dados referentes a julho foram divulgados na última sexta-feira.
Considerando o saldo da agricultura e da pecuária, São Paulo segue líder em VBP no país e em julho apresenta estimativa de receita de R$ 57,73 bilhões. Mas isoladamente, o faturamento previsto pela agricultura mato-grossense, mesmo com a correção que reduziu o faturamento neste ano, deve continuar sendo o maior do Brasil e mais uma vez superar São Paulo. Conforme os novos números do Mapa, somente do campo, Mato Grosso deve somar um VBP de R$ 45,26 bilhões, dos quais, R$ 34,66 bilhões, ou seja, 76,57%, gerados apenas por duas culturas: soja e algodão. Ambas têm projeção de atingir recorde de faturamento nessa safra, R$ 24,25 bilhões e R$ 10,41 bilhões respectivamente.
CULTURAS – Cinco cultivos sustentam o VBP mato-grossense: soja, algodão, milho, arroz e cana-de-açúcar. Dessas atividades, apenas a cana e o milho apontam para recuo na comparação anual. O milho que foi a vedete da safra passada e chegou a tomar o segundo lugar que tradicionalmente era do algodão, deve faturar R$ 8,26 bilhões ante R$ 9,28 bilhões em 2013. A cana deve passar de R$ 1,30 bilhão para R$ 1,18 bilhão.
Entre as que deverão fechar o ano com ganho está o arroz, de R$ 340,16 milhões para R$ 367,30 milhões. A soja, carro-chefe de renda no campo e das exportações do Estado, passa de R$ 22,07 bilhões para R$ 24,25 bilhões. E o algodão, deixa o terceiro lugar do ranking da renda local para assumir a segunda posição com faturamento de R$ 10,41 bilhão, ante R$ 7,80 bilhões.
PECUÁRIA - Das quatro atividades do segmento – bovinocultura de corte e de leite, avicultura e suinocultura, apenas a receita advinda da produção de leite tem perspectiva de crescimento neste ano, em Mato Grosso e com correção mensal positiva ante junho de R$ 631,51 milhões para R$ 639,83 milhões. Se o valor se confirmar, haverá alta de 6,70% sobre o realizado em 2013 que foi de R$ 599,62 milhões.
Na bovinocultura de corte, até como efeito dos recentes embargos à carne produzida em Mato Grosso – impacto de um caso atípico do ‘Mal da Vaca Louca’ em março – deve somar receita de R$ 8,39 bilhões, 4,44% menor que o faturado no ano passado, R$ 8,78 bilhões. As aves apresentam projeção negativa de 16,42% em relação ao ano passado e devem somar R$ 1,73 bilhão ante R$ 2,07 bilhões. Os suínos têm a maior estimativa de queda: 16,66%, de R$ 565,24 milhões para R$ 471,07 milhões. O VBP da pecuária soma R$ 11,23 bilhões, 6,57% inferior ao realizado no ano passado, R$ 12,02 bilhões.
O VBP da pecuária deve somar, em Mato Grosso, R$ 11,38 bilhões, ante R$ 12,10 bilhões do ano passado.
Fonte: Mídia News
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