Publicado em: 13/03/2014 às 10:20hs
Pressionado pela disparada do custo dos produtos agropecuários no atacado, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 1,16% na primeira apuração prévia de março, mostrando que a inflação não deve dar trégua nos próximos meses. A primeira prévia de março calcula as variações de preços no período entre 21 e 28 de fevereiro.
O indicador, elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve forte aceleração, tanto no confronto com a taxa de 0,22% do mesmo período do mês anterior, quanto na comparação com o resultado fechado de fevereiro, de 0,38%. Nos últimos 12 meses, o IGP-M, que é usado como referência para a correção de contratos, como os de energia e de aluguel de imóveis, acumula alta de 6,77%.
Dos três componentes do IGP-M, o que mais aumentou, nesse período, com elevação de 1,55%, foi o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede as oscilações no atacado. Os produtos agropecuários puxaram a alta, com avanço de 3,81%. Os industriais subiram 0,73%.
Os itens que mais contribuíram para turbinar a inflação no atacado foram café em grão (24,11%), ovos (18,20%), Soja em grão (3,02%), Milho (6,24%) e carne bovina (2,42%). No varejo, no entanto, os preços mostraram pequena desaceleração. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,51% na parcial de março, ante 0,58% em período equivalente de fevereiro.
Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) - o terceiro componente do indicador geral - registrou alta de 0,21% na prévia deste mês, abaixo do resultado anterior, de 0,54%. O item materiais, equipamentos e serviços subiu 0,44%, enquanto os custos com mão de obra mostraram estabilidade.
Preço recorde
As cotações da arroba do boi gordo e da carne bovina comercializada no atacado paulista atingiram novos recordes nominais, informou ontem o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP). Em termos reais (descontando a inflação), os valores só perdem para novembro de 2010. Consumo interno elevado, exportações fortes e oferta limitada de gado após a seca mantêm a tendência de alta, segundo o Cepea.
Fonte: Correio Braziliense
◄ Leia outras notícias