Publicado em: 09/01/2014 às 13:45hs
Uma comitiva do Núcleo Missões da Rede Ecovida de Agroecologia, formada por técnicos e produtores, foi à propriedade dos Rutke na terça-feira (07/01) e que deve visitar ainda em janeiro, 33 propriedades, em 12 municípios, que buscam a certificação.
Os agrotóxicos e insumos químicos ficam longe das hortaliças comercializadas pela família no Mercado Público, em Santa Rosa. “Nunca usei veneno, nem conheço quais existem e não precisamos conhecer”, afirmou a produtora Ilse Marise Rutke durante a visita. Para adubar os canteiros de olerícolas, a família utiliza dejetos de gado e de frango. Para o controle de pragas, fazem uso de plantas bioativas. Na propriedade, árvores, capim-elefante e cana-de-açúcar isolam o local de contato com agrotóxicos utilizados em lavouras próximas.
Também na terça-feira foram vistoriadas as propriedades das famílias de Sebastião dos Santos, em Candeia Baixa, de Valter Geraldo Eich, na Esquina Guia Lopes, e Solange da Silva, no Rincão Santo Cristo.
Nas propriedades visitadas são conferidos critérios que revelam se a áreas estão adequadas à legislação para fins de emissão de certificado ou selo de produto orgânico, de acordo com a Instrução Normativa nº 46, de 6 de outubro de 2011, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A família de Sebastião dos Santos exibiu orgulhosa os hortigranjeiros produzidos e fornecidos para mercados institucionais. “Fornecemos alimentos saudáveis para a merenda escolar e para o PAA, que é o Programa de Aquisição de Alimentos do Governo Federal”, comentou Adriano dos Santos, filho de Sebastião e Beatriz.
O assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, engenheiro agrônomo Gilmar Francisco Vione, que acompanhou as visitas às propriedades, destaca que “estas famílias estão engajadas em fornecer alimentos mais saudáveis a outras famílias, evitando a contaminação ambiental e a intoxicação de agricultores e consumidores”.
Estão engajados com a proposta de produzir organicamente, livre de venenos, agricultores dos Grupos de Ecologistas Renovação, de Porto Xavier; Pioneiros do Porto, de Porto Vera Cruz; Ecoden, de Dezesseis de Novembro; Missioneiro Orgânico, que reúne produtores de São Luiz Gonzaga e Bossoroca; Viva Bem, de Santo Cristo e Alecrim; Natureza Limpa, de Santa Rosa; Integração, de Cândido Godói, São Paulo das Missões e Campina das Missões.
São parceiros no processo de estímulo à produção e certificação orgânica, Emater/RS-Ascar, Unicooper e suas cooperativas associadas, Agência Regional de Educação, Desenvolvimento e Pesquisa (Arede) e Rede Ecovida de Agroecologia. “Após as visitas, pretendemos avaliar em conjunto cada caso no mês de fevereiro. Aqueles produtores que já estão adequados devem receber a certificação provavelmente até o mês de abril”, relatou o coordenador regional da Arede, Ademir Amaral.
As visitas seguem nesta quarta-feira (08/01) em Alecrim e Santo Cristo; quinta-feira (10/01), em Porto Xavier; dias 17 e 24 de janeiro, em Cândido Godói; 21, em Dezesseis de Novembro; 23, em São Luiz Gonzaga e Bossoroca; e no dia 27 de janeiro, em Porto Vera Cruz.
Fonte: Emater/RS-Ascar
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