Meio Ambiente

Na COP, Fundo JBS defende a importância do suporte financeiro e de inovações tecnológicas e sociais para preservar biomas

Por meio do Fundo JBS pela Amazônia, a companhia promove alternativas econômicas para incentivar a restauração e a conservação da Amazônia e já beneficiou mais de 5 mil famílias na região


Publicado em: 08/12/2023 às 15:00hs

Na COP, Fundo JBS defende a importância do suporte financeiro e de inovações tecnológicas e sociais para preservar biomas

Em painel realizado neste domingo (03/12) na COP-28, em Dubai, a diretora a diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia, Andrea Azevedo, falou sobre a importância de usar a filantropia para fomentar mudanças positivas no combate ao aquecimento global. Segundo ela, os investimentos podem promover adaptação e mitigação do desmatamento, por meio de inovações tecnológicas e sociais para ajudar os mais vulneráveis a minimizarem o risco e perdas trazidos pela mudança climática. 

A organização sem fins lucrativos criada em 2020 destina investimentos com foco em dois grandes objetivos: restaurar e conservar o bioma. Para atingir as metas, atua  dentro de três eixos: Cadeias Produtivas em Áreas Abertas, Bioeconomia e Ciência e Tecnologia. Desde a sua fundação, já apoiou mais de 20 projetos, com investimentos que somam R$ 72,9 milhões, resultando em 1,92 milhão de hectares conservados ou com manejo para recuperação de áreas, com efeitos positivos para cerca de 5,18 mil famílias beneficiadas. 

“Na América Latina, especialmente no Brasil e na região amazônica, as adaptações para mitigar e combater as mudanças climáticas se relacionam principalmente com a transformação do uso da terra e com a agricultura. A produção de alimentos é feita por uma parte relevante de pequenos produtores. No Brasil, só na região da Amazônia, existem mais de 500 mil famílias envolvidas na agricultura familiar, a exemplo do que acontece no mundo, pequenos produtores representam 35% da produção de alimentos”, afirmou.

Segundo Andrea, em geral, esses pequenos produtores têm duas barreiras principais: a falta de financiamento e o pouco acesso a assistência técnica qualificada e a tecnologia. “Superando essas duas barreiras, nós ajudamos essas populações a acessarem a agricultura de baixo carbono. Temos incentivado práticas como a restauração de áreas degradadas, diversificação na produção e agricultura regenerativa, entre outras. Todas essas mudanças vão ter impactos relacionados ao melhor uso da terra, melhoria dos rendimentos dos agricultores, além de proteger fontes de água e conservar a biodiversidade, só para mencionar alguns impactos”. 

Andrea defendeu ainda que governo, setor privado, fundos internacionais, fundos privados e filantropia devem passar a orquestrar uma agenda comum de apoio a ribeirinhos, produtores rurais, populações indígenas e todos os atores envolvidos na agricultura familiar. O painel, intitulado “Avançando na ação climática global - construindo uma visão estratégica comum a partir de filantropias que trabalham no Sul Global” foi promovido pela Fundación Avina, Latimpacto, Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) e Arab Foundations Forum (AFF). A proposta foi criar um espaço colaborativo entre um grupo de organizações filantrópicas e lideranças para debaterem a importância, os avanços e como a filantropia pode avançar para ajudar no combate às mudanças climáticas.