Meio Ambiente

Faesc quer maior proteção de nascentes em SC

O programa de proteção de nascentes será a nova frente de recuperação ambiental, de acordo com a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc)


Publicado em: 11/05/2015 às 08:40hs

Faesc quer maior proteção de nascentes em SC

O programa tem amplitude nacional e será desenvolvido pela Faesc, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

O presidente José Zeferino Pedrozo mostra que a garantia de água de boa qualidade, em uma propriedade rural, depende de vários fatores, dentre eles, a proteção das nascentes. Estas são surgimentos naturais na superfície do terreno de onde escoam águas provenientes de lençóis subterrâneos que, para manterem-se produtivos dependem das chuvas e dos cuidados a ela dispensados.

Material instrucional disponibilizado pelo SENAR aborda assuntos referentes aos tipos de nascentes, seu estado de conservação e suas áreas de contribuição. Refere-se também a todas as operações necessárias para a montagem e finalização da cerca visando o isolamento da área ao redor da nascente. Trata da manutenção do cercado e do reflorestamento através da limpeza da faixa onde a cerca foi construída, do controle das ervas daninhas e das formigas. Finalmente, discorre sobre a realização das práticas de prevenção da erosão do solo nas áreas agricultáveis próximas às nascentes.

Pedrozo antecipa que o programa visa proteger, inicialmente, 1.000 nascentes em áreas rurais do País e pelo menos 300 em Santa Catarina, em 2015. Uma centena de Sindicatos Rurais está engajada nesse esforço. Cinco passos básicos para proteger uma nascente e um vídeo tutorial mostram como executar cada passo, além de cartilhas que tratam do tema com profundidade. O primeiro passo é identificar as nascentes que formam represas ou os cursos d’água, como regatos, rios e ribeirões. Elas podem ser perenes ou temporárias. A identificação do tipo de nascente orienta o melhor caminho para sua proteção.

O segundo passo é cercar a nascente para impedir danos causados por animais, homens ou veículos. É essencial manter a nascente preservada, minimizando os riscos de erosão, poluição ou outros acidentes naturais ou provocados pela intervenção humana.

A terceira etapa consiste em limpar a área: a nascente precisa estar limpa, livre dos materiais que possam contaminar e/ou obstruir o curso natural da água, como plástico, garrafa, resto de comida, plantas invasoras ou outros. A limpeza deve ser feita com cuidado para não prejudicar a fonte de água.

A quarta etapa é controlar a erosão hídrica, impedindo que enxurradas soterrem a nascente ou a exagerada compactação do solo impeça a infiltração da água. Os técnicos do SENAR orientarão sobre a melhor forma de proteger a nascente contra a erosão. Por último, o replantio de espécies nativas, pois a proteção do solo com vegetação própria de determinada região é uma das formas mais eficientes de proteção da nascente.

O presidente da Faesc está otimista. “Vamos mostrar à sociedade catarinense que a conservação das centenas de nascentes em todo o Estado é possível. Basta apenas seguir cinco passos. É preciso seguir corretamente todos os passos para conservar a qualidade da água, evitando o desgaste do solo e promovendo a recarga dos aquíferos, as fontes de água para as nascentes”, conclama.

Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional

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