Conforme observa a coordenadora do evento, Emília Hamada, a atividade agrícola está sofrendo modificações resultantes das mudanças climáticas, as quais representam uma séria ameaça à segurança alimentar.

“Os problemas fitossanitários estão entre os principais desafios que colocam em risco a sustentabilidade dos agroecossistemas. As mudanças climáticas alterarão a importância relativa de pragas, doenças e plantas invasoras. Essas alterações, que envolvem as variações na temperatura, o aumento da concentração de dióxido de carbono, aumento da radiação UV-B, e a distribuição geográfica e temporal dos problemas fitossanitários, precisam ser estudadas para permitir a elaboração de estratégias de adaptação. E o projeto Climapest foi concebido para atender a essa demanda”, diz Emília.

A programação prevê uma palestra de abertura e apresentações de principais alcances da pesquisa no Brasil. No último dia, os participantes irão conhecer o Face (Free Air Carbon Dioxide Enrichment), experimento inédito no país, que está avaliando os efeitos do aumento da concentração do dióxido de carbono atmosférico sobre plantas de café e a ocorrência de pragas, doenças e plantas daninhas.

Raquel Ghini, líder do projeto, explicou que o experimento FACE abrange uma área de 6,5 hectares plantados, há dois anos, com café da variedade Catuai Vermelho - IAC144. Nesse espaço foram montados 12 anéis com 10m de diâmetro, numa distância de 70m entre cada um, sendo 6 deles têm injeção de CO2 e seis, sem CO2 adicional. Dentro dos anéis foram plantados há 1 ano, a mesma variedade de café, intercalada com outra, a Obatã. A injeção de CO2 teve início em 25 de agosto de 2011 e os primeiros resultados já estão começando a serem gerados.

São 200 vagas, com inscrições gratuitas. Os trabalhos podem ser submetidos até 15 de maio. A pré-inscrição deve ser feita até 8 de junho, pelo site www.cnpma.embrapa.br/climapest/workshop.html.