Publicado em: 05/09/2013 às 16:50hs
Para chamar a atenão, os ecologistas se fantasiaram de espigas de milho e ficaram pedindo liberdade diante dos veículos.
Um coro de espigas humanas , em ritmo de músicas conhecidas como "Another brick in the wall", do grupo Pink Floyd, para não serem esmagadas para a produção de energia para veículos particulares.
Alimentos - "Não mais comida para combustíveis" foi a mensagem das organizações Oxfam, Greenpeace, Amigos da Terra e Actionaid defenderam em manifestações diante do parlamento nesta quarta-feira, 4. No próximo dia 11 os deputados devem votar sobre a questão.
"Estamos fazendo um chamamento aos deputados para que votem contra o uso de produtos alimentícios como milho e cana de açúcar para a produção de biocombustíveis", disse a porta voz da Oxfam, Angela Corbalán.
"O problema com os biocombustíveis é que estão ampliando a fome", afirma Corbalán. "Além do mais, eles não são a solução da luta contra as mudanças climáticas como se pensava, mais na verdade fazem acelerar as mudanças no clima do planeta".
As ONGs denunciaram "a loucura que é usar comida para alimentar os veículos na forma de biocombustíveis, em vez de usá-la para alimentar as pessoas".
A união europea tem como objetivo elevar para 10% até 2020 o uso de combustíveis renováveis no setor de transporte, o que significa recorrer aos biocarburantes como etanol de milho ou de cana, entre outros vegetais.
Nova geração - A comissão europea defende agora impulsionar os biocombustíveis de nova geração, fabricados a partir de resíduos e mediante fontes alternativas, limitando o uso dos biocombustíveis tradicionais, que são os mais usados.
"A União Europea criou uma política que incentiva o uso de comida nos automóveis, e estamos dizendo que isso não é mais aceitável", afirmou Laura Sullivan, de ActionAid.
A proposta de limitar os biocombustíveis tradicionais divide o parlamento europeu.As ONGs defendem a mudança alegando que o modelo atual é insustentável.
Ursos polares . Em Santiago, no Chile, ambientalistas do Greempeace saíram às ruas do centro fantasiados de ursos polares para protestar contra a presença de petroleiras como a Shell no território Ártico. Eles pedem redução do uso de petróleo e medidas para proteger o planeta contra as mudanças climáticas.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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