Publicado em: 28/01/2020 às 13:20hs
Instalada no início da década de 1980 em Nova Olímpia, um munícipio do interior do Mato Grosso localizado a 200km da capital Cuiabá, o empreendimento é considerado, até hoje, como um dos maiores do setor sucroenergético fora do principal polo de produção, o Estado de São Paulo. Resultado de sua moderna concepção industrial e práticas avançadas de cultivo.
No entanto, mesmo uma gigante pode ser derrubada de tempos em tempos. Nos últimos anos, a crise que abalou a agroindústria sucroenergética nacional também chegou à Itamarati. Em 2016, a companhia devia R$ 3,2 bilhões, entre débitos fiscais, com fornecedores e instituições financeiras. Naquele ano, José Arimatéa Calsaverini foi contratado para equacionar as dívidas. De lá para cá, 100% do seu passivo foi reperfilado - todas as dívidas foram renegociadas com os credores e a empresa aderiu ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT). Começava ali um dos maiores projetos de reestruturação do segmento.
Durante esse processo, a empresa também investiu em eficiência operacional e no aumento da produtividade. A moagem saltou de 4,5 milhões de toneladas na safra 2016/17 para 5,025 milhões de toneladas no ciclo atual. “Ficou claro que a usina era uma joia escondida por seus problemas financeiros. Assim que esses problemas foram equacionados, a empresa passou a mostrar toda a sua excelência operacional”, afirma Calsaverini.
A última etapa da reestruturação foi a venda de 100% das ações pela ex-acionista Ana Claudia de Moraes e a finalização do reperfilamento de todo passivo da companhia, que passou a ser controlada por investidores financeiros liderados pelo fundo de private equity CVCIB. Calsaverini foi convidado a permanecer como presidente e liderar a usina em seu novo ciclo de crescimento. A partir de agora, sob um novo nome: Uisa.
Fonte: CanaOnline
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