Publicado em: 11/11/2013 às 17:00hs
Localizada em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a usina possui uma área de plantio de 65 mil hectares, que responde pela produção de 4,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Desde 2010, a usina queima, por ano, 1,3 milhão de toneladas de bagaço da cana-de-açúcar nas caldeiras, gerando 120 mil megawatt/hora.
Considerada como o maior Produtor Individual de Energia (PIE) do Mato Grosso do Sul e o quarto maior do Brasil, a São Fernando decidiu dobrar sua produção energética no final do ano passado. Sem ampliar a área de cultivo ou comprar bagaço no mercado, a estratégia encontrada pela usina foi o aproveitamento da palhada, cujo poder calorífico pode chegar ao dobro do bagaço de cana.
Em média, são produzidas 16 toneladas de palhada por hectare, somando até 120 mil toneladas em toda área cultivável. “Por hectare, nós retiramos seis toneladas de biomassa. Optamos por esse parâmetro para evitar impurezas que possam danificar os equipamentos envolvidos no processo de manejo da palhada”, explica o superintendente da Usina São Fernando, Paulo Escobar.
Para viabilizar o aproveitamento desta biomassa nas caldeiras, a São Fernando investiu na aquisição de um triturador HG6000E da Vermeer. Escobar comenta que já foram triturados 55 mil fardos prismáticos, com 20% de umidade, além de 53 toneladas de madeira de eucalipto e 24 toneladas de cavacos pré-triturados. Ele acrescenta que a granulometria é outro ponto importante, já que os fragmentos produzidos têm entre 5 e 7 cm, favorecendo o processo de combustão.
“Com o uso da palhada, nossa expectativa é encerrar 2013 com uma produção adicional de 120 mil megawatt/hora, com a queima desta biomassa”, reflete Escobar. De acordo com o superintendente, a usina já obteve o retorno do investimento (ROI) do triturador. “Considerando que a palha tem o dobro do poder calorífico e um custo de R$ 70,00, por tonelada, para recolher, enfardar, transportar e triturá-la, contra R$ 85 para efetuar o mesmo processo com bagaço, o investimento no HG6000E já se pagou”, compara o executivo.
Tecnologia do HG6000E
O triturador horizontal HG6000E é a convergência entre o baixo custo de operação e alta produção. Trata-se de um equipamento com capacidade para triturar fardos inteiros, cilíndricos ou prismáticos, dispensando a pré-trituração. Sua produtividade destaca-se no mercado, com o processamento até 27 toneladas por hora, dependendo do material e alimentação. “A usina precisa da biomassa com umidade ate 15% e com fragmentos uniformes sempre abaixo da média, que varia de 5 a 7 cm. Nosso equipamento produz 90% dos fragmentos abaixo da granulometria máxima com um rendimento inigualável no mercado”, lista o gerente dos segmentos Biomassa/Florestal/Reciclagem da Vermeer Brasil, (Herbert Waldhuetter), ao comentar que a granulometria é essencial na operação para evitar interrupções no processo de transporte e alimentação das caldeiras.
O especialista acrescenta que o HG6000E oferece menor custo de produção porque opera com sistema de tambor de corte equipado com martelos e não com facas. “O nosso sistema chega a operar 350 a 400 horas, sem interrupção para troca de componentes de desgaste. Já as máquinas que utilizam facas para fazer o corte da palha têm uma vida útil em torno de ate 10 horas, o que exige paradas constantes para troca das facas”, compara Waldhuetter. Ele conclui enfatizando que a Vermeer é a única fornecedora de tecnologias com soluções completas para enleirar, enfardar, transportar e triturar a palha para cogeração de energia e adianta que novos protótipos estão em desenvolvimento para agregar ainda mais produtividade ao agronegócio.
Fonte: Assessoria de Imprensa Usina São Fernando
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