Publicado em: 02/05/2024 às 14:00hs
A Usina Jacarezinho, parte do Grupo Maringá, espera moer 2,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar durante a safra 2024/25, uma leve redução em comparação com a safra anterior, que totalizou 2,5 milhões de toneladas. A queda se deve às condições climáticas adversas, como a diminuição das chuvas e as temperaturas mais altas nos últimos meses. O fenômeno La Niña também pode afetar a safra.
Condurme Aizzo, diretor de Operações Sucroenergético da Usina Jacarezinho, explicou que a empresa está focada em práticas agrícolas sustentáveis para compensar as incertezas climáticas. "Utilizamos produtos biológicos para melhorar a vida no solo e controlamos o tráfego na lavoura para reduzir a compactação", disse Aizzo. O objetivo é manter a qualidade, mesmo com variações no clima.
Para a safra 2024/25, a previsão é de colher 81,9 toneladas de cana por hectare (TCH) e 10,7 toneladas de açúcares totais recuperáveis por hectare (TAH). A maior parte da produção será voltada para o açúcar, com 72% do total, sendo 36% açúcar branco e 64% açúcar bruto. O restante, 28%, será dedicado ao etanol, com 44% para anidro e 56% para hidratado.
Uma das melhorias para esta safra é a nova Mesa com Sistema de Limpeza a Seco, que remove até 20 kg de impurezas vegetais e minerais por tonelada de cana descarregada. Isso permite maior aproveitamento da calda e um aumento na moagem de até 800 toneladas por dia. Os resíduos são reutilizados para gerar energia térmica e adubo por meio de compostagem.
A usina também estreou uma biofábrica para substituir defensivos químicos por produtos biológicos mais sustentáveis no controle de pragas. Além disso, a biofábrica permite a produção de organismos fixadores de nitrogênio e solubilizadores de fósforo, aumentando a resistência da cana à seca.
Desde a safra 2023/24, a Usina Jacarezinho também produz três tipos de leveduras (inativa, autolisada e parede celular). A produção total de levedura foi de 2,226 toneladas na safra anterior, com previsão de aumentar 12,3% para 2,500 toneladas nesta safra.
A Maringá Energia, unidade de cogeração que utiliza o bagaço da cana-de-açúcar para produzir energia elétrica limpa e renovável, deve manter a produção de energia nos mesmos níveis da safra anterior, que foi de 95,545 MWh.
O CFO do Grupo Maringá, Eduardo Lambiasi, destacou a importância do uso de tecnologia e treinamento contínuo para garantir a qualidade das operações agrícolas e industriais. Ele também enfatizou que a empresa continuará a evoluir seu modelo de gestão com base em indicadores ESG (ambientais, sociais e de governança), reforçando o compromisso da usina com práticas sustentáveis.
Com essas iniciativas, a Usina Jacarezinho espera enfrentar os desafios da safra 2024/25 e manter a sua posição como uma das principais produtoras de açúcar, etanol e leveduras, sempre com foco na sustentabilidade e na eficiência.
Fonte: Portal do Agronegócio
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