Publicado em: 20/02/2025 às 10:40hs
A quebra repentina da safra de cana-de-açúcar na Índia, atribuída a uma seca severa que impacta a reta final da colheita, segue sustentando a alta nas cotações do açúcar no mercado internacional. Com a redução da oferta no segundo maior produtor mundial da commodity, os preços continuam pressionados nas bolsas.
Na última quarta-feira (19), os contratos negociados na ICE Futures de Nova York atingiram novas máximas em dois meses. Segundo a Reuters, circulam informações de que a Índia deve exportar apenas 700 mil toneladas nesta temporada, volume inferior à cota de um milhão de toneladas inicialmente prevista.
“O fechamento antecipado de usinas indianas é resultado das condições de seca. Além disso, o Serviço Meteorológico Mundial alerta que a estiagem no centro-leste e nordeste do Brasil pode levar ao estresse da cana-de-açúcar”, destacou a corretora Admisi em nota divulgada pela agência internacional de notícias.
O contrato para março/25 da ICE de Nova York encerrou a sessão cotado a 20,69 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 17 pontos em relação ao pregão anterior. O contrato maio/25 subiu 23 pontos, sendo negociado a 19,39 centavos de dólar por libra-peso. Os demais vencimentos registraram valorização entre 8 e 21 pontos.
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou ganhos em todos os vencimentos. O contrato maio/25 foi negociado a US$ 547,60 por tonelada, alta de US$ 5,80 ou 1,1% em comparação ao dia anterior. O contrato agosto/25 registrou alta de US$ 5,50, chegando a US$ 528,70 por tonelada. Os demais vencimentos tiveram ganhos entre US$ 2,20 e US$ 4,90.
No Brasil, o mercado interno registrou queda pelo sétimo dia consecutivo, de acordo com o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 139,24, contra R$ 142,09 no dia anterior, representando uma desvalorização de 2,01%.
O preço do etanol hidratado também recuou no Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi comercializado pelas usinas a R$ 2.942,00 por metro cúbico, uma queda de 0,34% em relação aos R$ 2.952,00 praticados no pregão anterior.
Fonte: Portal do Agronegócio
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