Setor Sucroalcooleiro

Rabobank prevê mais um ano difícil para companhias sucroalcooleirasvoltar

Rabobank prevê mais um ano difícil para companhias sucroalcooleiras


Publicado em: 10/12/2014 às 17:20hs

Rabobank prevê mais um ano difícil para companhias sucroalcooleirasvoltar

Em relatório divulgado hoje, o banco holandês Rabobank avaliou que as companhias sucroalcooleiras que estão sob pressão de serem vendidas devido à deterioração de sua situação financeira não devem contar com um alívio nas condições de mercado em 2015. Por isso, o “gap” entre o valor que o vendedor quer negociar e o que o comprador considera justo pagar tende a ser equacionado no próximo ano, com vantagem para o comprador.

“As circunstâncias sugerem que, em 2015, há mais probabilidade de a diferença entre compradores e vendedores ser resolvida por um declínio nos preços-alvo dos vendedores do que por um aumento nos preços que os compradores estão dispostos a pagar”, afirmou o banco em relatório, assinado pelo especialista Andy Duff.

A vantagem dos compradores sobre os vendedores, conforme o Rabobank, está sustentada em numa série de fatores, que vão desde os fundamentos do próprio setor sucroalcooleiro, quanto da economia brasileira.

Primeiramente, na visão da instituição financeira, é preciso lembrar que em 2014 a seca impactou o volume de cana-de-açúcar da safra 2014/15 no Centro-Sul, de forma que gerou um fim de moagem precoce e, por consequência, resultará num longo período de entressafra que tende a exercer um adicional estresse de liquidez para as companhias que já estão sob pressão de caixa.

Em segundo lugar, segundo o Rabobank, as perspectivas para o próximo ciclo, o 2015/16, ainda são de cotações internacionais do açúcar sob pressão enquanto um modesto aumento no retorno dado pelo etanol é esperado. De outro lado, para as companhias que estão vendendo eletricidade no mercado spot ou em contratos de curto prazo firmados em 2014, o cenário é de continuidade de boas margens com esse produto. O banco esclarece, no entanto, que os preços mais altos do diesel devem facilmente se sobrepor a qualquer efeito positivo vindo do reajuste da gasolina. Além disso, a estiagem severa de 2014 tende a repercutir na produtividade dos canaviais em 2015, impactando nos custos de produção.

Os potenciais compradores, por outro lado, não vão se sentir pressionados a tomar posição, pelo menos, enquanto a economia brasileira ainda estiver suscetível à volatilidade no câmbio.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Rabobank

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