Publicado em: 29/05/2025 às 11:10hs
Os contratos futuros do açúcar encerraram o pregão desta quarta-feira (28) em baixa nas bolsas internacionais. A retração é resultado das boas perspectivas para a produção nos países do Hemisfério Norte, especialmente na Índia.
Segundo análise de Lívea Coda, da Hedgepoint Global Markets, o clima favorável pode adiar uma eventual recuperação nos preços globais, reduzindo também o impacto de possíveis restrições na oferta por parte do Brasil, caso o mercado adote uma postura mais cautelosa.
A Indian Sugar Mills Association (ISMA) estimou que a produção de açúcar na safra 2024/25 deve ficar entre 26,1 e 26,2 milhões de toneladas. A queda é atribuída à redução na área cultivada e às condições climáticas desfavoráveis nos estados de Maharashtra e Karnataka.
Ao contrário do comportamento usual, o consumo doméstico também deve recuar, pressionando os preços internos e aumentando os estoques finais do país.
Para a safra 2025/26, as chuvas da monção estão previstas para começar de forma antecipada, e o Departamento de Meteorologia da Índia projeta um volume 5% acima da média histórica. Com a expectativa de recuperação da área plantada, a produção pode alcançar até 32 milhões de toneladas. No entanto, os baixos estoques da safra atual podem limitar as exportações no próximo ciclo.
Nas bolsas internacionais, todos os contratos futuros encerraram com desvalorização:
Nova York (ICE Futures)
Londres (ICE Europe)
Apesar do cenário internacional de baixa, o mercado interno apresentou avanço. O Indicador Cepea/Esalq da USP registrou valorização de 0,98% no açúcar cristal. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 134,63.
No segmento de biocombustíveis, o etanol hidratado também teve leve alta. De acordo com o Indicador Diário Paulínia, o produto foi negociado pelas usinas a R$ 2.702,00 por metro cúbico, com variação positiva de 0,18%.
Fonte: Portal do Agronegócio
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