Publicado em: 13/12/2024 às 10:50hs
Os contratos futuros de açúcar encerraram a quinta-feira (12) com queda nos mercados internacionais, apesar da redução significativa na produção brasileira registrada na segunda quinzena de novembro. De acordo com dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), a produção recuou 23% no período.
A moagem das usinas do Centro-Sul do Brasil também apresentou queda de 15% em relação à safra anterior, somando 20,35 milhões de toneladas processadas. A produção de açúcar totalizou 1,08 milhão de toneladas. Ainda assim, os resultados superaram as expectativas do mercado, que previa, segundo a S&P Global Commodity Insights, uma moagem de 15,48 milhões de toneladas e produção de 793,5 mil toneladas de açúcar.
"As chuvas impactaram muito o ritmo de colheita no início de novembro e várias unidades produtoras postergaram o término das operações para o final do mês", explicou Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica. Ele destacou que, na segunda metade de novembro, a moagem avançou 45% em São Paulo e 3% nos demais estados do Centro-Sul em comparação à primeira quinzena.
Na ICE Futures de Nova York, o açúcar bruto para entrega em março/25 foi negociado a 20,89 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 39 pontos em relação ao preço da véspera. Já o contrato para maio/25 recuou 28 pontos, para 19,50 centavos por libra-peso. Os demais contratos registraram baixas entre 12 e 22 pontos.
Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também encerrou em baixa em todos os contratos. O vencimento março/25 foi cotado a US$ 533,00 por tonelada, uma desvalorização de 7,80 dólares. Os demais contratos recuaram entre 2 e 5,10 dólares.
Enquanto no mercado externo predominou o recuo, o mercado interno apresentou recuperação no preço do açúcar cristal. O Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrou valorização de 0,96% na quinta-feira, com a saca de 50 quilos negociada a R$ 161,33, contra R$ 159,79 do dia anterior.
O etanol hidratado também teve alta. O Indicador Diário Paulínia apontou um aumento de 0,13%, com o biocombustível negociado pelas usinas a R$ 2.735,00 por metro cúbico, ante R$ 2.731,50 do dia anterior.
Mesmo diante de desafios climáticos e reduções na produção, os mercados seguem ajustando preços conforme as expectativas e a dinâmica de oferta e demanda global.
Fonte: Portal do Agronegócio
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