Setor Sucroalcooleiro

Produção de açúcar no centro-sul pode alcançar 43 milhões de toneladas na safra 2024/25, antecipa Cepea

Projeções apontam para um novo recorde, superando o ciclo atual, com mais de 50% da cana direcionada à produção de açúcar


Publicado em: 17/01/2024 às 18:20hs

Produção de açúcar no centro-sul pode alcançar 43 milhões de toneladas na safra 2024/25, antecipa Cepea

O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea, da Esalq/USP) indica que a produção de açúcar na região Centro-Sul do Brasil, na safra 2024/25 prevista para iniciar em abril deste ano, pode atingir um novo recorde, ultrapassando o ciclo atual (2023/24). As projeções do setor apontam para mais de 43 milhões de toneladas, com uma moagem de cana-de-açúcar estimada entre 625 e 640 milhões de toneladas.

Mesmo com uma possível redução de 3% na produção de cana-de-açúcar, a expectativa é de que o aumento expressivo na produção de açúcar na próxima temporada seja impulsionado pelo aumento do mix de produção de açúcar. O Cepea destaca que mais de 50% da cana pode ser destinada à produção de açúcar.

O mix mais voltado para o açúcar já tem sido observado na safra atual (2023/24) no Centro-Sul do país. Os preços mais baixos do petróleo no cenário internacional e a volatilidade nas cotações do real podem impactar a competitividade do etanol em relação à gasolina, favorecendo o aumento na produção de açúcar pelas usinas.

Em 2023, os preços do açúcar no estado de São Paulo foram 100% superiores aos do etanol, conforme destacado pelo Cepea. Os agentes do setor aguardam sinais do governo, como o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, para impulsionar a demanda e garantir a continuidade das atividades.

O Cepea também observa que os preços internacionais do açúcar podem não manter os níveis elevados observados em 2023, especialmente com o início da nova safra no Brasil em abril de 2024. No entanto, a Índia, preocupada com a oferta interna e focada em eleições em maio de 2024, pode influenciar os preços internacionais. O Brasil permanece como um player-chave no equilíbrio global entre oferta e demanda.

A dificuldade climática na Índia e a queda na produção de açúcar na Tailândia, segundo maior exportador, também impactam as bolsas de adoçantes. A Organização Internacional do Açúcar (ISO) prevê um déficit de 330 mil toneladas na produção mundial de açúcar, com uma produção de 179,88 milhões de toneladas e um consumo estimado em 180,22 milhões de toneladas.

Fonte: Portal do Agronegócio

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