Publicado em: 11/12/2024 às 10:30hs
Os contratos futuros de açúcar encerraram a terça-feira (10) em baixa nas bolsas internacionais, influenciados pelas persistentes previsões de chuvas na região Centro-Sul do Brasil, maior produtora da commodity no país. Analistas da Barchart destacaram que as condições climáticas continuam pesando sobre o mercado.
Em Nova York, na ICE Futures, os preços do açúcar bruto atingiram o menor patamar em uma semana. Em Londres, na ICE Futures Europe, as cotações do açúcar branco recuaram para o nível mais baixo em um mês.
O contrato março/25 do açúcar bruto negociado na ICE Futures de Nova York encerrou o dia a 21,04 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de 46 pontos (ou 2,14%) em relação ao preço anterior. O vencimento maio/25 também recuou 37 pontos, cotado a 19,62 centavos de dólar por libra-peso. Os demais contratos registraram variações negativas entre 5 e 27 pontos, exceto os contratos julho e outubro/26, que encerraram estáveis e com alta de 2 pontos, respectivamente.
Segundo a Barchart, na segunda-feira, o açúcar em Nova York caiu ao menor nível em dois meses e meio devido à melhora nas perspectivas de oferta global. A Organização Internacional do Açúcar (ISO) revisou, em 21 de novembro, suas projeções para o mercado global, reduzindo o déficit previsto para 2024/25 de 3,58 milhões para 2,51 milhões de toneladas. Além disso, a estimativa de superávit para 2023/24 subiu de 200 mil para 1,31 milhão de toneladas.
Na ICE Futures Europe, de Londres, o contrato março/25 do açúcar branco foi negociado a US$ 538,70 por tonelada, uma redução de 16,30 dólares (ou 2,94%). O vencimento maio/25 também caiu, encerrando o dia a US$ 537,10 por tonelada, uma baixa de 15,90 dólares.
No Brasil, o mercado interno de açúcar cristal registrou o quarto dia consecutivo de desvalorização. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 161,02 na terça-feira, segundo o Indicador Cepea/Esalq da USP, uma queda de 1,28% em relação aos R$ 163,10 registrados no dia anterior.
Por outro lado, o mercado de etanol hidratado apresentou recuperação após perdas na véspera. O Indicador Diário Paulínia apontou que o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.737,50 por metro cúbico, uma alta de 0,13% frente aos R$ 2.734,00 do dia anterior.
Esses movimentos refletem os desafios climáticos e as oscilações de oferta e demanda no mercado global de açúcar e derivados.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias