Os contratos futuros de açúcar encerraram a quinta-feira (5) com comportamento misto na ICE Futures de Nova York. As quatro primeiras posições, que concentram maior liquidez, registraram leve desvalorização, enquanto os contratos para outubro de 2025 e março de 2026 fecharam em alta. Já os vencimentos de longo prazo também sofreram quedas.

O contrato com vencimento em outubro de 2024 foi negociado a 19,22 centavos de dólar por libra-peso, uma variação negativa de apenas 2 pontos em relação ao fechamento anterior. Os demais lotes oscilaram entre uma baixa de 3 pontos e uma valorização de 1 ponto.

De acordo com a agência Reuters, o mercado segue apoiado nas perspectivas de uma produção menor no Brasil, devido aos recentes incêndios e à persistência do clima quente e seco.

Em nota, a Citi Commodities manteve sua projeção otimista para o preço do açúcar, prevendo que ele pode alcançar 20 centavos de dólar por libra-peso nos próximos meses. A instituição não espera que a Índia retorne ao mercado de exportação de açúcar, o que, segundo a nota, tornará o mercado "excessivamente dependente do centro-sul do Brasil". Qualquer falha na safra ou interrupção logística no Brasil poderia, portanto, apertar os fluxos comerciais e elevar os preços da commodity, destacou a agência.

Mercado de Londres

Na ICE Futures Europe, em Londres, todos os contratos de açúcar branco fecharam em queda. O vencimento para outubro de 2024 foi comercializado a US$ 536,80 por tonelada, representando uma queda de US$ 2,30 em comparação ao preço do dia anterior. O contrato para dezembro de 2024 registrou uma leve baixa de 50 cents, fechando a US$ 528,30 por tonelada. Os demais lotes variaram entre quedas de 90 cents e US$ 1,70.

Mercado doméstico

No Brasil, o açúcar cristal também fechou em baixa após uma sequência de altas nos últimos dias. O Indicador Cepea/Esalq, da USP, registrou o valor de R$ 136,67 por saca de 50 quilos, uma leve desvalorização de 0,20% em relação ao preço de R$ 136,94 observado na quarta-feira.

Etanol hidratado

Pelo quarto dia consecutivo, o etanol hidratado apresentou queda, segundo o Indicador Diário Paulínia. Na quinta-feira, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.594,50 por metro cúbico, uma desvalorização de 0,48% em relação ao valor de R$ 2.607,00 registrado no dia anterior.