Os contratos futuros de açúcar registraram leves altas nas Bolsas de Nova York e Londres na manhã desta segunda-feira (02), indicando uma recuperação após uma semana de perdas e um mês de novembro marcado por desvalorização de até 7,3% nos papéis mais negociados.

Por volta das 8h40 (horário de Brasília), o contrato para março/25 em Nova York registrava alta de 0,11 centavos, sendo negociado a 21,19 centavos por libra-peso. Já o contrato para maio/25 subia 0,07 centavos, cotado a 19,90 centavos por libra-peso. Os contratos de julho/25 e outubro/25 também avançaram, alcançando 19,19 centavos e 19,01 centavos por libra-peso, respectivamente.

No mercado europeu, os preços também apresentaram ganhos. Em Londres, o contrato para março/25 subiu US$ 2,50, chegando a US$ 550,20 por tonelada. Para maio/25, houve aumento de US$ 2,40, com cotações a US$ 547,80 por tonelada. Contratos com vencimentos mais longos, como agosto/25 e outubro/25, avançaram US$ 1,90 e US$ 0,70, sendo negociados a US$ 536,70 e US$ 525,00 por tonelada, respectivamente.

Sustentação das cotações

Embora o mês anterior tenha registrado quedas significativas, alguns fatores fundamentais continuam a sustentar os preços do açúcar. Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), divulgados no final de novembro, apontaram para uma redução na produção do Centro-Sul do Brasil durante a primeira quinzena do mês em relação ao mesmo período de 2023.

Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou para baixo suas projeções para a moagem de cana e a produção de açúcar na safra 2024/25. Outra preocupação é a oferta no primeiro trimestre de 2025, impactada pela queda na produtividade devido ao clima seco registrado este ano no Brasil.

Com a combinação de fatores climáticos e ajustes nas projeções de safra, as cotações do açúcar seguem acompanhando de perto os desdobramentos no setor, que pode enfrentar desafios no abastecimento nos próximos meses.