O Brasil é o maior produtor de açúcar do mundo, sendo responsável por 23% da produção global na safra 2020-21. É também o maior exportador do produto, respondendo por 49% do mercado, seguido por Tailândia e Índia, que representam respectivamente apenas 16,8% e 6,4% da exportação global. Pelo Porto de Santos passa 77% daquilo que vai para fora do país, por meio de terminais portuários, como o da Copersucar, que pode embarcar até 5,4 mil toneladas por hora.

O País é muito competitivo e exporta dois terços da sua produção de açúcar. Na última safra, que teve início em abril de 2020 e encerramento em março de 2021, foram 32,13 milhões de toneladas de produto, de acordo com informações da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indica que este último ciclo foi particularmente positivo para o açúcar, quando registrou recorde na série histórica, com 4,2 milhões de toneladas do produto exportadas em outubro. A marca também foi relevante do ponto de vista de preço. Em outubro de 2020, o Brasil comercializou US$ 1,20 bilhão em açúcar contra US$ 543,96 milhões do mesmo mês do ano anterior, um aumento de 121%.

A China seguiu como a maior importadora, com US$ 311,74 milhões em aquisições no período, o que representa 25,9% do valor total exportado pelo Brasil. Outros países tiveram uma elevação do consumo surpreendente e passaram a comprar mais açúcar brasileiro, como foi o caso da Índia, US$ 107,82 milhões (33,8%); Bangladesh, US$ 85,07 milhões (+94,1%); e Estados Unidos, US$ 61,95 milhões (+202,3%).

Consumo global

Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, em inglês), o consumo global de açúcar deve continuar crescendo em torno de 1,4% ao ano, atingindo 199 milhões de toneladas por ano até 2029, sustentado pelo crescimento da população e da renda. Durante o período, a média mundial de consumo per capita deverá aumentar de 22,5 kg em 2020, para 23,5 kg per capita, com variações regionais.