Publicado em: 02/05/2025 às 10:30hs
Os contratos futuros de açúcar encerraram a sessão desta quinta-feira (1º) em queda nas principais bolsas internacionais. O movimento de baixa foi impulsionado pelas previsões de aumento na produção brasileira, que sinalizam maior oferta global do produto. De acordo com o portal Barchart, as perdas vêm sendo acumuladas desde o início da semana.
A consultoria Green Pool destacou que os contratos com vencimento em maio de 2025 expiraram com um volume expressivo de entregas, evidenciando uma demanda internacional mais fraca no momento. Esse fator contribui para o viés de baixa nos preços futuros.
Segundo projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a safra indiana deve apresentar bons resultados, favorecida por chuvas abundantes. No Brasil, a consultoria DATAGRO estima um aumento de 6% na produção de açúcar no Centro-Sul para a safra 2025/26, atingindo 42,4 milhões de toneladas. Além disso, prevê-se um mix açucareiro de 51%, reforçando a tendência de maior oferta do produto no mercado internacional.
Na bolsa ICE Futures, em Nova York, o açúcar bruto teve recuo nos principais contratos. O vencimento para julho de 2025 caiu 9 pontos, sendo negociado a 17,16 centavos de dólar por libra-peso. O contrato de outubro de 2025 também registrou queda de 9 pontos, encerrando a 17,33 centavos de dólar por libra-peso.
Já na ICE Europe, em Londres, o açúcar branco também recuou, com exceção do contrato para agosto de 2025, que apresentou leve alta de US$ 0,40, fechando a US$ 493,20 por tonelada. O contrato de outubro do mesmo ano caiu US$ 0,90, cotado a US$ 482,60 por tonelada.
Apesar do cenário negativo nas bolsas internacionais, o açúcar cristal registrou valorização no mercado interno. Segundo o Indicador Cepea/Esalq da USP, a cotação da saca de 50 quilos subiu 0,76% no dia 30 de abril, sendo comercializada a R$ 143,92.
No mesmo dia, o Indicador Diário Paulínia apontou queda de 0,57% no preço do etanol hidratado. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.808,50 por metro cúbico.
Fonte: Portal do Agronegócio
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