Publicado em: 05/08/2024 às 19:20hs
Em julho, o mercado internacional de açúcar registrou uma queda nos preços, após uma breve recuperação em junho. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), os contratos de açúcar bruto com entrega em outubro encerraram o dia 31 de julho a 18,94 centavos de dólar por libra-peso, em comparação com os 20,30 centavos registrados em 28 de junho, representando uma queda de 6,7%.
Essa queda foi influenciada pelas perspectivas positivas para a safra de cana-de-açúcar na Índia, devido às chuvas de monção acima da média, e pela desvalorização do real frente ao dólar, que impulsiona as exportações do Brasil, maior produtor mundial de açúcar.
A receita média diária das exportações brasileiras de açúcar e outros melaços alcançou US$ 73,175 milhões em julho, considerando os 20 dias úteis até o dia 28, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O volume médio diário de exportações foi de 159,140 mil toneladas no mês.
No total, foram exportadas 3.182.816 toneladas de açúcar em julho, gerando uma receita de US$ 1,463 bilhão, com um preço médio de US$ 459,80 por tonelada. Comparando com julho de 2023, que teve uma média diária de US$ 70,978 milhões, houve um aumento de 3,1% na receita diária em julho de 2024. Em termos de volume, houve um crescimento de 13,5% em relação às 140,198 mil toneladas diárias embarcadas em julho de 2023. No entanto, o preço médio caiu 9,2%, comparado aos US$ 506,30 por tonelada em julho de 2023.
O número de navios aguardando para carregar açúcar nos portos brasileiros aumentou para 111 na semana encerrada em 31 de julho, em comparação com 101 na semana anterior (24 de julho), segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil. O relatório indicou um carregamento total programado de 4,966 milhões de toneladas de açúcar, um aumento em relação às 4,639 milhões da semana anterior.
O Porto de Santos (SP) deve ser responsável pela maior parte do carregamento, com 3,822 milhões de toneladas. Outros portos incluem Paranaguá, no Paraná (898.689 toneladas), São Sebastião, em São Paulo (82.925 toneladas), Imbituba, em Santa Catarina (130.950 toneladas), Itajaí, no mesmo estado (25 mil toneladas), e Santana, no Amapá (7 mil toneladas). A carga de açúcar a ser exportada inclui as variedades VHP (4,767 milhões de toneladas), TBC (163.983 toneladas), Refinado A-45 (25 mil toneladas) e Cristal B-150 (10.440 toneladas). O relatório considera embarcações já ancoradas, as que estão esperando atracação e aquelas com previsão de chegada até 11 de setembro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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