Publicado em: 19/08/2025 às 11:10hs
O mercado paulista de açúcar cristal registrou aumento expressivo no volume negociado entre os dias 11 e 15 de agosto, segundo levantamento do Cepea/Esalq (USP). Em paralelo, os contratos futuros do produto recuaram, refletindo expectativas mais favoráveis para a produção nacional.
Entre 11 e 15 de agosto, a liquidez no mercado spot de açúcar cristal em São Paulo avançou 57% em relação à primeira semana do mês. Segundo pesquisadores do Cepea, a alta está ligada a negociações pontuais envolvendo maiores quantidades de açúcar.
A média do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 119,98 por saca de 50 kg, praticamente estável em relação ao período anterior. O baixo rendimento da cana-de-açúcar moída na safra 2025/26 tem levado as usinas a manterem firmes os preços ofertados do cristal para pronta-entrega.
Conforme a UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), no acumulado da safra paulista (abril/julho de 2025), o nível de açúcares totais recuperáveis (ATR) atingiu 128,07 kg por tonelada de cana, queda de 3,79% em relação ao mesmo período da safra 2024/25 (133,12 kg de ATR/tonelada). A produção de açúcar em São Paulo totalizou 12,322 milhões de toneladas, 11,41% menor que na temporada anterior.
Apesar do aumento da liquidez no mercado físico, os contratos futuros de açúcar registraram queda nesta segunda-feira (18), após valorização na semana anterior, impulsionada por preocupações com a safra brasileira. A baixa reflete expectativas mais favoráveis para a produção nacional, já que muitas usinas priorizam a produção de açúcar em detrimento do etanol.
Dados da UNICA indicam que, na segunda quinzena de julho, 54,10% da cana moída foi destinada ao açúcar, ante 50,32% no mesmo período de 2024, reforçando a tendência de maior oferta do adoçante.
No mercado internacional, os contratos futuros também registraram baixa:
O açúcar cristal registrou leve queda de 0,06%, sendo negociado a R$ 121,11/saca de 50 kg, segundo o Indicador Cepea/Esalq.
Já o etanol hidratado apresentou pequena alta de 0,05%, com o metro cúbico negociado a R$ 2.783,00 nas usinas, de acordo com o Indicador Diário Paulínia.
Fonte: Portal do Agronegócio
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