Publicado em: 02/09/2025 às 10:10hs
Os fundos de hedge e pequenos especuladores aumentaram sua posição de venda líquida no mercado de açúcar bruto de Nova York, passando de 125.081 lotes em 29 de julho para 151.004 lotes em 5 de agosto, atingindo o maior nível desde novembro de 2019.
Segundo analistas, a movimentação ocorre em meio a estoques globais apertados e incertezas na safra 2025/26, especialmente no Centro-Sul do Brasil, principal região produtora de açúcar.
De acordo com estimativa da DATAGRO, a relação estoque/consumo mundial de açúcar deve cair para 41% no final do ano comercial 2024/25, o menor nível em 15 anos, consequência de três anos consecutivos de déficit na produção global.
Apesar disso, os preços em NY têm se mantido estáveis, refletindo o equilíbrio momentâneo entre a capacidade de exportação do Centro-Sul do Brasil — de 3 a 3,5 milhões de toneladas por mês — e a pressão especulativa de fundos e pequenos traders.
Especialistas alertam que o mercado ainda enfrenta desafios no rendimento agrícola e nos níveis de ATR, o que pode tornar a atual posição vendida mais vulnerável. Caso as usinas alterem o mix de produção, reduzindo a participação do açúcar, o mercado poderá registrar movimentos de alta abrupta nos preços.
Além do açúcar, os fundos mantêm posição baixista em outras commodities agrícolas e energéticas. Entre os destaques:
No conjunto, a posição de venda líquida combinada das principais commodities agrícolas cresceu 12,4% na semana encerrada em 5 de agosto, alcançando o maior nível em quase um ano.
Fonte: Portal do Agronegócio
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