Setor Sucroalcooleiro

Exportações recordes de setembro não evitam queda no preço do açúcar

Apesar do desempenho histórico nas exportações brasileiras, contratos futuros de açúcar encerram a semana em baixa nas principais bolsas internacionais


Publicado em: 07/10/2024 às 10:50hs

Exportações recordes de setembro não evitam queda no preço do açúcar

Os contratos futuros do açúcar terminaram a última sessão da semana passada com desvalorização generalizada nas bolsas internacionais. Na sexta-feira (4), o preço do açúcar bruto no contrato para março de 2025 registrou queda de 23 pontos, sendo negociado a 23,01 centavos de dólar por libra-peso, em relação ao fechamento anterior. O contrato para maio de 2025 também caiu, com uma retração de 28 pontos, fechando a 21,27 centavos por libra-peso. Os demais lotes apresentaram variações negativas entre 11 e 26 pontos.

No mesmo dia, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os números das exportações de açúcar referentes ao mês de setembro, que superaram as expectativas e bateram recordes históricos. De acordo com dados preliminares, o Brasil, maior produtor e exportador global de açúcar, embarcou 3,954 milhões de toneladas no mês, superando levemente o recorde anterior de agosto, que foi de 3,921 milhões de toneladas, conforme informações da agência Reuters.

Ainda segundo a Reuters, apesar das perdas na safra provocadas pela estiagem, o tempo seco no centro-sul do Brasil tem favorecido o aumento da moagem de cana-de-açúcar e a produção de açúcar nas usinas da região, a principal produtora do país. A ausência de chuvas tem permitido uma colheita contínua, uma vez que, em períodos de chuva, as atividades precisam ser interrompidas. Além disso, o clima seco também favorece as operações portuárias, que costumam ser interrompidas em dias chuvosos.

Mercado em Londres

Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também registrou queda. O contrato para dezembro de 2024 recuou 1,2%, sendo negociado a US$ 576,90 por tonelada, uma desvalorização de US$ 7,20 em comparação com o dia anterior. O contrato para março de 2025 também apresentou queda de US$ 5,30, fechando a US$ 586,10 por tonelada. Os demais contratos registraram baixas entre US$ 2,80 e US$ 5,20.

Mercado interno

No mercado doméstico, a sexta-feira também foi marcada por queda nas cotações do açúcar cristal, conforme o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 146,97 pelas usinas, uma valorização de 0,81% em relação ao valor do dia anterior, que era de R$ 145,79.

Fonte: Portal do Agronegócio

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