Publicado em: 07/11/2025 às 17:30hs
As exportações brasileiras de açúcar seguem em ritmo acelerado neste final de ano. De acordo com levantamento da agência marítima Williams Brasil, o line-up — relação de navios programados para embarque — indica que 80 embarcações aguardavam para carregar açúcar nos portos do país na semana encerrada em 5 de novembro, contra 86 navios na semana anterior.
O volume total previsto para exportação é de 3,059 milhões de toneladas, um leve aumento em relação à semana anterior, quando estavam programadas 2,993 milhões de toneladas.
O Porto de Santos (SP) concentra a maior parte dos embarques, com 1,87 milhão de toneladas de açúcar programadas para saída. Em seguida, aparece o Porto de Paranaguá (PR), responsável por 767 mil toneladas. Outros terminais também participam da operação:
As cargas são compostas majoritariamente por açúcar VHP (2,78 milhões de toneladas), seguido pelo Cristal B150 (151,3 mil toneladas), TBC (40 mil toneladas) e VHP em sacas (17 mil toneladas).
O relatório da Williams considera navios já atracados, em fundeio ou com chegada prevista até 31 de dezembro, indicando que os embarques devem seguir firmes até o fim de 2025.
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que o Brasil exportou 4,2 milhões de toneladas de açúcar e melaços em outubro, o equivalente a uma receita total de US$ 1,669 bilhão. O preço médio foi de US$ 396,90 por tonelada, com embarques diários de cerca de 191 mil toneladas.
Apesar da alta nos volumes, houve queda de 5,8% na receita média diária em comparação com outubro de 2024, quando o valor obtido foi de US$ 80,5 milhões por dia.
Em contrapartida, o volume exportado cresceu 12,8%, superando as 169,5 mil toneladas diárias registradas no mesmo mês do ano anterior. A redução de 16,5% no preço médio — de US$ 475,20 para US$ 396,90 por tonelada — refletiu a maior oferta global e o recuo nas cotações internacionais.
Na comparação anual, o Brasil exportou 12,7% mais açúcar em outubro de 2025 do que no mesmo mês de 2024, quando os embarques somaram 3,73 milhões de toneladas. Entretanto, a receita total diminuiu 5,8%, passando de US$ 1,540 bilhão para US$ 1,669 bilhão, influenciada diretamente pela desvalorização dos preços no mercado internacional.
Mesmo com o recuo nas cotações, o desempenho das exportações reforça o papel estratégico do Brasil como maior fornecedor global de açúcar, sustentado pela alta competitividade logística e pela eficiência portuária.
Fonte: Portal do Agronegócio
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