Publicado em: 12/12/2025 às 16:00hs
As exportações brasileiras de açúcar seguem em ritmo estável neste fim de ano. Segundo levantamento da agência marítima Williams Brasil, 45 navios aguardavam para embarcar o produto nos portos do país na semana encerrada em 10 de dezembro, com 1,513 milhão de toneladas programadas para exportação.
De acordo com o relatório, o Porto de Santos (SP) continua sendo o principal ponto de escoamento do açúcar brasileiro, com 882,2 mil toneladas previstas para embarque.
Na sequência aparecem:
A Williams Brasil destaca que o levantamento considera as embarcações já ancoradas, as em espera para atracação e as com previsão de chegada até 10 de fevereiro.
Entre os tipos de açúcar a serem embarcados, o VHP (Very High Polarization) lidera com 1,23 milhão de toneladas. As demais variedades somam:
O produto segue majoritariamente destinado a mercados asiáticos, africanos e do Oriente Médio, onde a demanda por açúcar bruto brasileiro permanece aquecida.
Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 3,3 milhões de toneladas de açúcar e melaços em novembro, totalizando US$ 1,245 bilhão em receita — com preço médio de US$ 377,20 por tonelada.
A média diária de exportações foi de 173,8 mil toneladas, o que representa queda de 2,6% em relação a novembro de 2024, quando o volume diário foi de 178,4 mil toneladas.
Em termos de valor, houve redução de 23% na receita média diária, que passou de US$ 85,32 milhões em novembro de 2024 para US$ 65,56 milhões em novembro deste ano.
O preço médio por tonelada exportada também recuou 21,1%, comparado aos US$ 478,20/tonelada registrados no mesmo mês do ano anterior, refletindo a pressão de preços internacionais e ajustes no mercado global de commodities.
Apesar da leve desaceleração nas exportações, o setor sucroenergético brasileiro mantém posição de liderança global. O desempenho segue apoiado pela safra recorde de cana-de-açúcar, combinada ao forte mix de produção voltado ao açúcar, impulsionado pelos preços internacionais e pela taxa de câmbio.
Com o dólar cotado em torno de R$ 5,41 nesta sexta-feira (12/12), o cenário continua favorável para exportações, já que a valorização da moeda americana tende a melhorar a competitividade do produto brasileiro no exterior.
Especialistas apontam que a expectativa para o início de 2026 é de demanda firme, especialmente da Ásia e do Oriente Médio, o que deve sustentar o ritmo de embarques nos próximos meses.
Fonte: Portal do Agronegócio
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