Setor Sucroalcooleiro

Cosan deve voltar ao lucro no 3º trimestre, dizem analistas

Após prejuízo de R$ 198 milhões no 2º tri, Cosan deve lucrar R$ 244 milhões entre julho e setembro, segundo projeções


Publicado em: 06/11/2013 às 08:20hs

Cosan deve voltar ao lucro no 3º trimestre, dizem analistas

A Cosan deve fechar o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 244 milhões, de acordo com a média das projeções de seis instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Entre os bancos ouvidos estão Itaú BBA, Santander, Citi, BTG Pactual, Credit Suisse e JPMorgan. No segundo trimestre deste ano, a companhia reportou um prejuízo de R$ 198 milhões.

Ainda segundo os analistas, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) deve alcançar R$ 1,156 bilhão no período. Para receita líquida, a média das prévias aponta para o total de R$ 9,7 bilhões.

Em relatório, o JPMorgan afirmou que o resultado da Cosan será impulsionado principalmente pela Raízen, joint venture entre a companhia e a Shell. O banco reiterou a classificação "overweight" (desempenho acima da média do mercado) para a Cosan e recomendou a compra dos papéis da companhia, com preço alvo de R$ 55.

Segundo o JPMorgan, depois de dois trimestres "decepcionantes", os investidores da empresa parecem estar indecisos quanto ao futuro. A aposta do banco é de uma estratégia de investimento para o longo prazo.

Em relatório, os analistas listaram cinco razões para a compra das ações da Cosan. A primeira delas é a estratégia da empresa no setor logístico, com a controlada Rumo. "Investimentos em melhoria dos gargalos existentes permitirão que a Cosan ganhe valor e amplie a margem, diminuindo os obstáculos enfrentados por transportadores de grãos no Brasil, e fornecerão interessantes canais de ganhos para a Rumo."

Para os analistas do Citi, a melhora da demanda por combustíveis, com uma recuperação no setor de aviação, permitirá o aumento das margens da Raízen Combustíveis. Para a Raízen Energia, a expectativa é de fortes volumes de açúcar e etanol com a aproximação do auge da colheita. "A recuperação das margens de distribuição de combustíveis e melhor alavancagem operacional na cana-de-açúcar deve restabelecer a confiança do guidance (meta) para o ano", disseram os analistas Felipe Koh e Juan Tavarez, do Citi.

Em relação à Rumo, o Itaú BBA considerou as maiores vendas de açúcar e as multas pagas pela ALL (por causa do não cumprimento de obrigações contratuais) como positivas para o resultado da empresa logística, controlada pela Cosan.

Em abril, a Cosan alterou o exercício social da empresa, adotando o ano calendário em substituição ao ano-safra (que se estende de abril a março do ano seguinte).

Em 2013, excepcionalmente, o exercício corrente será de nove meses, iniciado em 1º de abril e com data de término em 31 de dezembro.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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