Na quinta-feira (7), os contratos futuros de açúcar encerraram de maneira divergente nas bolsas de Nova York e Londres, evidenciando a readequação do mercado após a queda provocada pelos sinais de uma produção de açúcar no Brasil acima das expectativas e pelas perspectivas mais favoráveis na Índia. Contudo, permanece a incerteza quanto a uma possível retomada de um cenário desfavorável.

O otimismo está presente em relação à safra 2023/24 em curso no Brasil. Por outro lado, a Índia instruiu suas usinas de açúcar a evitar o uso de caldo ou xarope de cana para a produção de etanol, uma medida destinada a aumentar a oferta de açúcar ao reduzir a produção de biocombustível. A Reuters destaca que essa ação contribuirá para mitigar a conversão de aproximadamente 2,14 milhões de toneladas de açúcar em etanol a partir do caldo de cana.

Nesse contexto, a ISO (Organização Internacional do Açúcar) informou que a safra na Tailândia poderá ter início a partir de 10 de dezembro, enquanto os produtores do Nordeste da Austrália se preparam para a possibilidade de um ciclone.

Bolsas Internacionais

Nos mercados internacionais, os contratos fecharam de maneira mista na ICE Futures em Nova York. O contrato de março/24, negociado a 23,03 centavos de dólar por libra-peso, registrou uma alta de 3 pontos, enquanto o contrato de maio/24, a 22,23 centavos de dólar por libra-peso, teve uma queda de 6 pontos. Os demais contratos encerraram em baixa.

Na ICE Europe em Londres, a situação foi semelhante, com todos os contratos fechando de forma mista. O contrato de março/24, negociado a US$ 646,10, apresentou uma alta de 2,50 dólares, enquanto o maio/24, a US$ 630,80, registrou uma alta de 1,40 dólares. Os demais contratos encerraram em baixa.

Açúcar Cristal e Etanol Hidratado

O açúcar cristal fechou em queda no Indicador do Cepea/Esalq da USP, com desvalorização de 0,19% em relação ao dia anterior, sendo negociado a R$ 155,41 por saca de 50 quilos.

O etanol hidratado, mais uma vez, registrou queda, conforme dados do Indicador Diário de Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.068,50/m³, representando uma redução de 0,14% em comparação ao dia anterior.