Setor Sucroalcooleiro

Clima adverso no Brasil eleva cotações do açúcar ao maior nível em sete meses

Seca e incêndios impactam produção e impulsionam preços da commodity no mercado internacional


Publicado em: 26/09/2024 às 10:30hs

Clima adverso no Brasil eleva cotações do açúcar ao maior nível em sete meses

O clima seco no Brasil, maior produtor mundial de açúcar, continua a pressionar fortemente os preços globais da commodity. Nesta quarta-feira (25), o açúcar bruto negociado na ICE Futures de Nova York alcançou o maior patamar dos últimos sete meses.

De acordo com analistas consultados pela Reuters, "a expectativa de que o Brasil enfrentará um dos mais longos períodos de entressafra em décadas, devido à seca severa e aos incêndios generalizados em áreas agrícolas, alterou a estratégia de especuladores que vinham apostando na queda dos preços".

O contrato com vencimento em outubro de 2024, que expira nos próximos dias, foi negociado na ICE de Nova York a 23,42 centavos de dólar por libra-peso, registrando alta de 30 pontos, ou 1,3%, em comparação com os valores do dia anterior. Já o contrato de março de 2025 subiu 29 pontos, sendo cotado a 23,41 centavos por libra-peso. Outros vencimentos tiveram altas variando entre 3 e 18 pontos.

Mercado de Londres

Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco também apresentou valorização em todos os vencimentos. O contrato de dezembro de 2024 foi negociado a US$ 597,10 por tonelada, uma elevação de US$ 1,70 em relação à sessão anterior. O contrato de março de 2025 subiu US$ 3,50, sendo cotado a US$ 601,50 por tonelada, com os demais vencimentos registrando aumentos entre US$ 2,80 e US$ 3,40.

Mercado doméstico

No mercado interno, o açúcar cristal também apresentou alta nas cotações. De acordo com o Indicador Cepea/Esalq, da USP, a saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 144,46, contra R$ 143,56 no dia anterior, representando uma valorização de 0,63%.

Etanol hidratado

Após uma sequência de sete dias de alta, as cotações do etanol hidratado encerraram em queda, conforme o Indicador Diário Paulínia. O biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.616,50 por metro cúbico, uma desvalorização de 0,30% em comparação aos R$ 2.624,50 registrados no dia anterior.

Fonte: Portal do Agronegócio

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