Publicado em: 05/09/2025 às 10:20hs
As chuvas intensas dos últimos meses em Pernambuco provocaram dois efeitos distintos sobre a moagem de cana-de-açúcar. De um lado, atrasaram o início das atividades nas usinas. Por outro, afastaram o risco de quebra de safra previsto após o veranico registrado entre abril e maio.
Na Cooperativa dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf), localizada em Timbaúba, na Zona da Mata Norte, a moagem, que geralmente tem início em meados de agosto, começou apenas nesta semana. Mesmo com o atraso, a expectativa é de processar 900 mil toneladas de cana até janeiro, o mesmo volume registrado na última safra.
Segundo Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf, o resultado só será possível porque a chuva inverteu o cenário pessimista. “Ao invés de redução, deveremos repetir a mesma moagem da última safra, graças à chuva abundante depois do veranico”, afirmou.
Com o quadro mais favorável, a Coaf projeta aumento na produção de etanol e recorde na fabricação de cachaça. O etanol será priorizado em relação ao açúcar no início da safra, embora ajustes possam ser feitos conforme as cotações internacionais. No entanto, a tendência, segundo Lima, é de que a produção de açúcar seja menor do que na temporada passada.
Mesmo diante da perspectiva de boa moagem, o dirigente alerta para um possível recuo no preço da cana em relação ao ciclo anterior. Entre os fatores que podem pressionar os valores está a redução da ATR (Açúcares Totais Recuperáveis), indicador que tende a cair em períodos de maior incidência de chuvas.
Fonte: Portal do Agronegócio
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