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Cana: Centro-sul processa 42,113 mi de t na 2ª quinzena/agosto (-12,2% ante 2ª quinzena/ago2019)

As usinas do Centro-Sul do Brasil processaram 42,113 milhões de toneladas de cana-de-açúcar da safra 2020/21 na segunda quinzena de agosto


Publicado em: 15/09/2020 às 19:40hs

Cana: Centro-sul processa 42,113 mi de t na 2ª quinzena/agosto (-12,2% ante 2ª quinzena/ago2019)

O volume é 12,21% menor do que o total de 47,970 milhões de toneladas moídos em igual período do ano passado. Segundo dados divulgados há pouco pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), a moagem acumulada na temporada, até 1º de setembro, atingiu 415,089 milhões de toneladas, crescimento anual de 3,83%.

O teor de sacarose na cana, medido pela quantidade de Açúcar Total Recuperável por tonelada processada (ATR/t), foi de 156,07 quilos (kg) na segunda metade de agosto, 3,36% superior ao registrado no mesmo período da safra passada. No acumulado da safra 2020/21, o ATR atingiu 19,34 quilos, até 1º de setembro.

O diretor Técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, afirmou em comunicado que "a redução no ritmo de moagem nos últimos quinze dias de agosto decorre das chuvas que provocaram impacto na operacionalização da colheita em algumas regiões canavieiras do Centro-Sul". Os maiores recuos nos volumes moídos foram nos Estados de Paraná e Mato Grosso do Sul.

Segundo a Unica, 261 empresas estavam em operação até 1º de setembro, número igual ao do mesmo período de 2019.

A produção de açúcar na segunda metade de agosto chegou a 2,933 milhões de toneladas, avanço anual de 16,34%. No acumulado da safra, a produção do adoçante no Centro-Sul registra avanço de 43,76% em relação ao ano passado, chegando a 25,897 milhões de toneladas. "Do aumento total de 7,88 milhões de toneladas na produção de açúcar observada até o momento, cerca de 6,04 milhões derivam da mudança do mix de produção e os outros 1,84 milhão resultam do avanço da moagem e da melhor qualidade da matéria-prima colhida", afirma Padua.

Com 46,84% da oferta total de cana destinada ao açúcar e 53,16% ao etanol, a fabricação do biocombustível atingiu 2,160 bilhões de litros na segunda quinzena de agosto, o que corresponde a uma retração de 21,02% ante igual período da safra passada, de 2,735 bilhões de litros. Na segunda metade do mês passado, foram produzidos 1,501 bilhão de litros de hidratado, queda de 22,40%. A produção de anidro, por sua vez, caiu 17,68%, passando de 801 milhões de litros em igual período do ano passado para 659 milhões de litros na segunda quinzena de agosto de 2020.

No acumulado da safra até 1º de setembro, a produção total de etanol registra recuo de 8,36%, para 18,969 bilhões de litros. Do total, 5,618 bilhões de litros são do biocombustível anidro (queda anual de 11,22%) e 13,352 bilhões de litros, do hidratado (recuo de 7,10%). Além disso, foram fabricados 910,57 milhões de litros de etanol de milho, 99,6% a mais do que no mesmo período do ano passado.