Publicado em: 02/07/2021 às 10:50hs
A sessão desta quinta-feira (1) da ICE, de Nova York, que opera o mercado futuro do açúcar bruto, viu a commodity bater a máxima de 4 meses, refletindo, ainda, o receio do impacto das geadas que assolaram muitas regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil, maior produtor mundial do adoçante. Ao final do pregão, as telas de maior liquidez fecharam em alta.
O vencimento outubro/21 fechou cotado a 17,94 centavos de dólar por libra-peso, 5 pontos a mais do que os preços da véspera. Durante a sessão, esse lote chegou a bater 18,49 cts/lb, maior cotação desde o final de fevereiro. Já a tela março/22 fechou cotada ontem em 18,11 cts/lb, 3 pontos a mais do que a véspera. O vencimento maio/22 fechou estável. Já as demais telas fecharam no vermelho entre 2 e 18 pontos.
Segundo reportagem da Agência Reuters, áreas agrícolas brasileiras foram atingidas por geadas pelo terceiro dia, nesta quinta-feira. As geadas atingiram o oeste e o norte do Estado de São Paulo, que é responsável por 60% da produção de açúcar do Brasil, segundo a Rural Clima.
"Operadores afirmaram que o açúcar deve avançar com aumento de preocupações sobre geadas no Brasil. Empresa francesa Tereos acredita que o mercado do açúcar não precificou completamente os problemas de produção no Brasil, visualizando espaços para aumento dos preços", destacaram analistas ouvidos pela Reuters.
O vencimento julho/21, que expirou anteontem, confirmou uma baixa entrega, na ICE, ficando em 131.427 toneladas de açúcar que serão carregadas, na totalidade, no porto de Paranaguá.
Outra notícia que atingiu o mercado ontem foi a previsão da PepsiCo de reduzir a quantidade de açúcar em refrigerantes e chás gelados em um quarto na União Europeia, até 2025.
Em Londres, o açúcar branco fechou valorizado em quase todos os lotes nesta quinta-feira, a exceção, somente, foi no lote outubro/22, que desvalorizou 20 cents de dólar. A tela agosto/21 foi negociada ontem em US$ 450,70 a tonelada, variação positiva de 3 dólares no comparativo com a véspera. Já o lote outubro/21, subiu 2,60 dólares. Os demais contratos oscilaram para cima entre 10 cents e 2,90 dólares.
No mercado doméstico os preços do açúcar cristal, medidos pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP, começaram o mês valorizados. Ontem, a saca de 50 quilos foi negociada em R$ 114,82, valorização de 1,10% no comparativo com os preços de quarta-feira.
Já o etanol hidratado, medido pelo Indicador Diário Paulínia fechou praticamente estável, com pequena variação negativa de 50 centavos de real, ou 0,02% no comparativo com os preços do dia anterior. O metro cúbico do biocombustível iniciou o segundo semestre cotado em R$ 2.875,00.
Fonte: Agência UDOP de Notícias
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