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Antes da divulgação do relatório do USDA, milho permanece estável em Chicago

As principais cotações registravam quedas entre 0,75 e 1 e ponto por volta das 09h11 (horário de Brasília)


Publicado em: 29/03/2019 às 10:30hs

Antes da divulgação do relatório do USDA, milho permanece estável em Chicago

A sexta-feira (29) começou com estabilidade e pequenas desvalorizações nos preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam quedas entre 0,75 e 1 e ponto por volta das 09h11 (horário de Brasília). O vencimento maio/19 era cotado a US$ 3,73, o julho/19 valia US$ 3,82 e o setembro/19 era negociado por US$ 3,89.

Quem segue dando as cartas no mercado internacional são as expectativas de agentes antes da divulgação do novo relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira.

Bryce Knorr da Farm Futures, coloca o fornecimento de milho na metade do ano de comercialização de 2018 em 8,276 milhões de bushels (210.218 toneladas), um pouco abaixo da estimativa média de mercado devido ao melhor uso de ração para o inverno.

A faixa de estimativas de área plantada está mais próxima, em parte porque o USDA declarou em fevereiro que espera que os agricultores plantem 92 milhões de acres (37,2 milhões de hectares) este ano. Essa suposição foi feita usando teorias econômicas, não a metodologia de pesquisa que o governo usa para março.

A pesquisa da Farm Futures divulgada na semana passada elevou a área plantada em 90,9 milhões, também um pouco menos que a estimativa média dos analistas consultados pela Bloomberg.

Confira como fechou o mercado na última quinta-feira:

No aguardo dos novos dados do USDA, milho fica estável em Chicago

A quinta-feira (28) chega ao final com os preços futuros do milho internacional estáveis na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 0,25 e 0,50. O vencimento maio/19 foi cotado a US$ 3,74, o julho/19 valia US$ 3,83 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,91.

Segundo analistas da ARC Mersocul, as cotações desaceleraram em Chicago após a sessão muito especulativa da última quarta-feira. “O tema dos bastidores da CBOT tem sido a recolhida de ganhos do curto prazo, frente ao relatório de Estoques e Área do USDA, que será publicado amanhã”, disseram.

As expectativas do mercado estão em uma pequena retração na área plantada de milho e um avanço para a soja, uma vez que as condições de plantio no cinturão agrícola americano ainda não permitem a entrada de máquinas.

A Agência Reuters aponta que, outro fator que influenciou a estabilidade no mercado do milho foi que a melhoria das perspectivas de safra na América do Sul compensaram as preocupações com enchentes no meio-oeste dos EUA que poderiam cortar os hectares plantados com o grão.

Mercado Interno

Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a valorização apareceu somente na praça de Dourados/MS (5% e preço de R$ 31,50). Já a desvalorização esteve presente apenas em Campinas/SP (1,23% e preço de R$ 39,40).

De acordo com a XP Investimentos, a proximidade com o final de semana incentivou a comercialização no mercado físico do milho. Nesta quinta-feira, industrias e granjas voltaram a adquirir pequenos lotes para recompor os estoques e passar o final de semana em posição confortável.

As compras, porém, são realizadas da mão para a boca e muitos adquirem no mercado tributado para não inflacionar o local. De maneira geral, produtores ofertam pouco, aguardando boas exportações, alta dos prêmios de porto, de Chicago e da taxa de câmbio.

A boa evolução das colheitas em lavouras paulistas e dos plantios de inverno no Sul e Centro-Oeste projetam uma boa disponibilidade futura, embora o excesso de chuva em algumas áreas traga certa preocupação.

Fonte: Notícias Agrícolas

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