Publicado em: 30/05/2025 às 10:40hs
Os preços dos contratos futuros de açúcar subiram nas bolsas internacionais nesta quinta-feira (29), após a divulgação da nova atualização da safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil, feita pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia).
De acordo com a entidade, a produção nas duas primeiras semanas de maio foi de 2,41 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 6,8% em relação ao mesmo período da safra anterior, que registrou 2,58 milhões de toneladas. No acumulado até 16 de maio, o volume total produzido alcançou 3,99 milhões de toneladas — uma retração de 22,7% frente às 5,16 milhões de toneladas no mesmo intervalo do ciclo anterior.
Apesar do ritmo mais lento na colheita brasileira neste início de safra, o mercado global continua sendo sustentado por expectativas positivas de oferta. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção brasileira deve crescer 2,3% na temporada 2025/26, alcançando o recorde de 44,7 milhões de toneladas.
Outros importantes produtores também apresentam projeções otimistas. Na Índia, a produção deve crescer 25%, chegando a 35,3 milhões de toneladas, impulsionada por condições climáticas favoráveis e aumento da área cultivada. Já na Tailândia, a expectativa é de um crescimento mais modesto, de 2%, com a safra totalizando 10,3 milhões de toneladas.
Na bolsa ICE Futures, em Nova York, os contratos futuros de açúcar bruto fecharam em alta. O contrato com vencimento em julho de 2025 subiu 10 pontos, sendo negociado a 17,00 centavos de dólar por libra-peso. Já o contrato para outubro do mesmo ano avançou 7 pontos, cotado a 17,19 centavos de dólar por libra-peso.
Em Londres, na ICE Europe, o açúcar branco também encerrou o dia com valorização em boa parte dos contratos. O contrato para agosto de 2025 subiu US$ 2,20, finalizando a US$ 473,60 por tonelada. O contrato de outubro/25 teve alta de US$ 1,90, cotado a US$ 470,70 por tonelada. O contrato de outubro/26 recuou levemente, com queda de US$ 0,10, para US$ 476,70 por tonelada. Já o contrato de dezembro/26 permaneceu estável.
O Indicador Cepea/Esalq, da USP, apontou valorização de 1,33% no preço do açúcar cristal. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 136,42.
No mercado de biocombustíveis, o etanol hidratado registrou queda de 0,24% segundo o Indicador Diário Paulínia. As usinas comercializaram o produto a R$ 2.695,50 por metro cúbico.
Fonte: Portal do Agronegócio
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