Publicado em: 03/10/2025 às 19:00hs
O mercado internacional de açúcar encerrou setembro em queda, operando nos níveis mais baixos dos últimos quatro anos. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), referência global do setor, os contratos de açúcar bruto com entrega em março fecharam a sessão do dia 30 a 16,60 centavos de dólar por libra-peso, frente aos 17,01 centavos registrados em 29 de agosto, queda de 2,4%.
O cenário de ampla oferta foi determinante para a retração das cotações. O Brasil, maior produtor mundial, colhe mais uma safra volumosa, enquanto Índia e Tailândia apresentam projeções positivas para a produção de cana-de-açúcar após chuvas de monção acima da média, que favoreceram o desenvolvimento das lavouras.
De acordo com o adido agrícola do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil, a produção de açúcar para a safra 2025/26 deve atingir 44,386 milhões de toneladas, superando as 43,7 milhões projetadas para 2024/25.
O consumo doméstico deve permanecer estável em 9 milhões de toneladas. Já as exportações devem avançar de 34,890 milhões para 35,7 milhões de toneladas. Os estoques finais, por sua vez, devem recuar para 256 mil toneladas em 2025/26, ante 570 mil toneladas na temporada anterior.
Segundo Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado, os números apresentados pelo USDA reforçaram a pressão sobre as cotações internacionais, uma vez que indicam aumento de produção e de oferta exportável por parte do Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
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