Publicado em: 21/08/2025 às 10:55hs
Os contratos futuros de açúcar registraram leve alta na última terça-feira (19), após uma sequência de quedas influenciada pela expectativa de maior produção no Brasil. O movimento refletiu ajustes de posições, já que os preços haviam caído do maior nível em dois meses para o menor patamar em uma semana.
Dados divulgados pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) apontam que o Centro-Sul produziu 3,6 milhões de toneladas de açúcar na segunda quinzena de julho, queda de 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado da safra 2025/26, a produção soma 19,26 milhões de toneladas, recuo de 7,8%.
Apesar da menor produtividade agrícola, as usinas ampliaram a destinação da cana para a produção de açúcar: em julho, 54,10% da matéria-prima foi direcionada ao adoçante, contra 50,32% no mesmo mês de 2024.
Na ICE Futures, em Nova York, o açúcar bruto teve resultados mistos.
Na ICE Europe, em Londres, os contratos de açúcar branco encerraram majoritariamente em alta:
No mercado interno, o açúcar cristal recuou 0,51%, segundo o Indicador Cepea/Esalq (USP), com a saca de 50 kg negociada a R$ 120,49.
Já o etanol hidratado registrou alta de 0,38%, com o metro cúbico negociado a R$ 2.793,50 nas usinas de Paulínia, conforme o Indicador Diário.
Após ganhos na quarta-feira, sustentados por sinais de maior demanda global, o açúcar voltou a operar em queda nesta quinta (21).
Na sessão anterior, o mercado havia reagido ao aumento das importações da China, que cresceram 76% em julho, totalizando 740 mil toneladas, além de uma licitação do Paquistão para aquisição de 200 mil toneladas de açúcar refinado.
Apesar do suporte momentâneo da demanda, o cenário de produção ainda pesa sobre as cotações. A Covrig Analytics informou que as usinas brasileiras seguem priorizando o açúcar em relação ao etanol, embora a produção total apresente retração.
Além disso, a expectativa de maior oferta da Índia adiciona pressão ao mercado. Chuvas abundantes durante a monção podem elevar a safra 2025/26 para 35 milhões de toneladas, alta de 19% em relação a 2024/25, segundo a Federação Nacional das Fábricas Cooperativas de Açúcar da Índia. A Associação Indiana de Fabricantes de Açúcar e Bioenergia também busca autorização do governo para exportar 2 milhões de toneladas de açúcar.
Fonte: Portal do Agronegócio
◄ Leia outras notícias